No Hospital de Bolonha, Lívio Oricchio conta tensas horas antes do anúncio oficial: doutora, Fiandri, GP de Ímola, UTI, elevadores, jornalistas, Autódromo, Enzo e Dino Ferrari, polícia Carabinieri, sala central, painel térreo, médicos profissionais, resultado corrida, grande, horas antecedentes.
A médica Fiandri, visivelmente emocionada, comunica, no átrio principal do hospital, às 19h05 local: – Senhores, morte de Ayrton Senna. + Inscreva-se no canal de esportes a motor do ge no WhatsApp! Parece que fui o primeiro, ou um dos primeiros, a chegar no Hospital Maggiore de Bolonha, pelo menos entre os jornalistas que estavam no Autódromo Enzo e Dino Ferrari. Não cruzei com ninguém por vários minutos.
A passagem de Ayrton Senna deixou uma marca indelével na história da Fórmula 1 e do esporte brasileiro. Sua partida prematura em 1º de maio de 1994 trouxe grande comoção não só aos fãs de corrida, mas a todo o país. Mesmo após tantos anos, a memória e o legado de Senna continuam vivos, inspirando gerações de pilotos e aficionados por automobilismo ao redor do mundo.
As Tensões Antes da Morte de Ayrton Senna;
O resultado da corrida no GP de Ímola tornara-se irrelevante diante do real estado de saúde, ainda desconhecido, de Ayrton Senna. As horas que antecederam a tragédia foram repletas de apreensão e tensão nos bastidores do autódromo.
Ao chegar ao hospital, a atmosfera era de expectativa e silêncio. Os elevadores pareciam se mover mais lentamente até o 11º andar, onde ficava a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O painel no térreo indicava o caminho, mas era difícil manter a calma diante da incerteza.
Um policial Carabinieri próximo à entrada transmitia preocupação e choque com a notícia do acidente de Senna. A comoção era visível, mesmo entre os profissionais acostumados com situações de emergência. A morte iminente de um ícone do esporte gerava uma onda de incredulidade e tristeza.
Dentro da sala central do hospital, no ambiente impessoal da tragédia, a doutora Fiandri e sua equipe de médicos realmente profissionais se preparavam para receber o piloto brasileiro. Enquanto isso, os jornalistas tentavam reunir informações para levar ao público a magnitude da situação.
A responsabilidade de relatar os eventos recaía sobre os ombros dos repórteres, que sentiam a pressão de comunicar a gravidade da situação sem deixar transparecer as emoções. A passagem de Ayrton Senna; da vida para a morte, era um momento que marcava não apenas o esporte, mas também a história do Brasil e do mundo.
Enquanto os olhos do planeta se voltavam para o desfecho trágico no GP de Ímola, os detalhes da luta pela vida de Senna eram acompanhados com angústia. O silêncio do hospital contrastava com a agitação das notícias chegando ao Brasil, onde a apreensão era palpável nas casas dos fãs do piloto.
A rotina do hospital continuava indiferente à comoção externa, mas para os envolvidos na corrida contra o tempo para salvar Senna, cada minuto era crucial. Enquanto os médicos batalhavam para reverter o quadro do piloto, o mundo aguardava com o coração apertado o desfecho dessa tragédia que marcaria para sempre o esporte a motor.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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