Enel SP relatou que blecaute de grandes proporções devido a evento climático extremo atingiu 25% de seus clientes, decisão de manter a distribuição de energia questionada.
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou hoje a penalidade imposta à Enel SP e mantendo a multa de R$ 165,8 milhões devido ao apagão que afetou uma vasta região no início de novembro. Após a decisão final, não caberá mais recurso administrativo contra a multa aplicada.
O relator do processo, diretor Ricardo Tili, destacou que a Enel SP solicitou a revogação da infração atribuída pela agência e a redução do montante da penalidade. No entanto, a diretoria da Aneel decidiu manter a sanção para garantir o cumprimento das normas do setor elétrico, reforçando a importância do respeito às regras vigentes. A aplicação da multa serve como um alerta para outras empresas do ramo, visando evitar situações semelhantes no futuro.
Enel SP tem dois pleitos negados em reunião da diretoria
Os representantes da Enel SP participaram da reunião da diretoria e argumentaram que a empresa foi impactada por um ‘evento climático extremo‘. Esse evento afetou cerca de 25% dos 8 milhões de clientes da companhia na região metropolitana de São Paulo. Durante a tempestade, os ventos atingiram a impressionante velocidade de 105 km/h, situando-se muito próximo da classificação de furacão.
A distribuidora explicou que a predominância da rede aérea em sua estrutura de distribuição, composta principalmente por postes, foi uma decisão estratégica do passado para priorizar a universalização do serviço. Dos 39 mil quilômetros de rede da empresa, somente 2,5 mil quilômetros são subterrâneos.
Referindo-se à alegação de que não existe uma solução simples para os desafios das mudanças climáticas, a Enel SP mencionou um estudo da consultoria PSR. A empresa destaca que a manutenção dos equipamentos não foi identificada como problema durante as inspeções realizadas.
No recurso submetido à Aneel, a Enel SP defendeu que a fiscalização não encontrou irregularidades na manutenção dos equipamentos. No entanto, ao votar pela rejeição do recurso, o diretor da agência, Hélvio Guerra, enfatizou a incapacidade da empresa em restabelecer o serviço rapidamente para a população. A decisão foi mantida com base nesse argumento.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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