Acordo de compartilhamento em rotas exclusivas gera especulações sobre fusão das empresas.
As empresas aéreas Azul e Gol revelaram uma parceria de compartilhamento de voos em trajetos nacionais. Dessa forma, um viajante terá a possibilidade de adquirir um bilhete em uma companhia e embarcar na aeronave da outra empresa.
Além disso, foi estabelecido um acordo de codeshare entre as duas companhias, o que permitirá uma maior integração de serviços e benefícios aos passageiros. Com esse acordo de compartilhamento, os clientes terão mais opções de voos e conexões, ampliando suas possibilidades de escolha e flexibilidade durante suas viagens.
Novo Acordo de Compartilhamento entre Azul e Gol
No recente acordo de compartilhamento entre Azul e Gol, os passageiros terão a oportunidade de acumular pontos em programas de fidelidade específicos. Esse acordo, conhecido no setor como codeshare, abrange apenas rotas domésticas exclusivas, ou seja, aquelas em que apenas uma das companhias aéreas opera. Em trechos onde ambas as empresas são concorrentes, não haverá compartilhamento de voos.
Uma das rotas mais lucrativas no cenário dos voos domésticos é o trajeto entre Congonhas, em São Paulo, e Santos-Dumont, no Rio de Janeiro, onde Azul e Gol competem diretamente. Apesar disso, as empresas não divulgaram quais outras rotas serão incluídas nesse processo de compartilhamento.
Com a criação de mais de 2.700 oportunidades de viagem com apenas uma conexão, as companhias afirmam que os clientes terão acesso a centenas de novas rotas domésticas, facilitando as opções de conexão. Juntas, Azul e Gol operam cerca de 1.500 voos diários, o que demonstra a relevância desse acordo para o setor aéreo nacional.
Os voos compartilhados devem começar a ser comercializados pelas duas empresas no final de junho, proporcionando mais conveniência e opções para os passageiros. A Azul concentra suas operações nos aeroportos de Viracopos, Confins e Recife, enquanto a Gol atua principalmente em Guarulhos, Congonhas e Brasília.
Além disso, a Gol está passando por um processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, o que gerou especulações sobre possíveis movimentos no mercado, como uma potencial aquisição pela Azul. Embora não haja confirmação oficial sobre fusões ou aquisições, a possibilidade não está descartada, conforme discutido por executivos do setor.
É importante ressaltar que, devido à natureza comercial do acordo de compartilhamento, não é necessário obter aprovação de órgãos reguladores como o Cade. Esse tipo de parceria visa fortalecer a presença das companhias aéreas no mercado, oferecendo mais opções e conveniência aos passageiros. O compartilhamento de voos é uma estratégia comum no setor aéreo, permitindo que as empresas ampliem sua rede de destinos e serviços, beneficiando os viajantes.
Fonte: © CNN Brasil
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