Confusão foi o estopim, relação com Mano já era turbulenta por ausência como visitante, fama de reclamão e críticas ao comprometimento. Decisão da diretoria pela tendência do fim da carreira do jogador.
Marcelo encerrou, de forma inesperada, seu segundo período no Fluminense, com desentendimento público com Mano Menezes no Maracanã, apenas 24 horas antes do anúncio da rescisão do ídolo do Tricolor, em comum acordo.
Em entrevistas recentes, revelaram que Mano Menezes e Marcelo tiveram divergências, e o técnico ponderou que o jogador não estava 100% em campo, dificultando a tática do Fluminense. O ídolo era considerado um dos principais jogadores da equipe e sua saída trouxe preocupação entre os medalhões do clube. A diretoria do Fluminense considerou que o melhor foi buscar novas opções, e Marcelo, por sua vez, buscou novos desafios com sua carreira. A saída de Marcelo deixou um vazio significativo no elenco e a diretoria do Fluminense trabalha em busca de um recomeço.
✅Fluminense: Marcelo deixa o clube
O Fluminense vive um momento delicado, com o Z-4 do Brasileiro e uma reunião entre as partes colocou em pauta a possível rescisão de Marcelo. As fontes ouvidas pela reportagem apontaram que a tendência era pelo fim do vínculo, resultando em um clima ruim entre as partes, ainda que seja possível ressaltar o respeito à carreira de Marcelo, um ídolo do time. No entanto, a postura do lateral no dia a dia era motivo de queixas.
A confusão com o técnico Mano teria deixado o Fluminense sem alternativas para além do rompimento do contrato. O ge confirmou que o lateral reclamou de toques de Mano em seu braço, com alegações de que o técnico queria ‘fazer média com a torcida’. Foi a gota d’água, e o anúncio veio no início da tarde. A decisão foi tomada em meio à luta contra o Z-4 do Brasileiro, na qual o Fluminense está envolvido.
Líderes do time abordaram membros da diretoria dizendo que apoiavam a decisão. O nível de comprometimento de Marcelo em meio ao momento delicado do Fluminense voltou a ser citado. Houve manifestações públicas de apoio ao jogador, mas nos bastidores o cenário era outro, com críticas ao camisa 12. O respeito à carreira de Marcelo não desapareceu e ainda há um reconhecimento muito forte em relação ao tamanho da idolatria do jogador no Fluminense e tudo que ele representa no futebol mundial.
Mas a postura do lateral no dia a dia era motivo de queixas. O técnico Mano está seguro de que o grupo ‘não aguentava mais’ os pequenos problemas. Anteriormente, Marcelo foi visto como um jogador que interagia pouco e não era tão integrado no CT Carlos Castilho. A reportagem também ouviu queixas de que o lateral era um ‘reclamão’, que quase nunca se dava por satisfeito. Outro ponto de incômodo era a ausência de Marcelo em algumas partidas do Fluminense como visitante.
Em julho, o ge publicou um levantamento sobre a diferença percentual de participação do lateral em jogos, a depender se eram no Rio de Janeiro ou não. O problema é que, neste caso, existia uma guerra de narrativas. Marcelo afirmava sentir dores, e funcionários do Fluminense tinham dificuldade em questionar o camisa 12 sem colocar sua palavra em xeque ou criar maiores problemas. Afinal, eram questões médicas.
A decisão de ter o jogador fora da equipe repercutiu na imprensa internacional. Mesmo sem ter desafetos explícitos ou problemas diretos com companheiros e funcionários, Marcelo não era dos mais benquistos no cotidiano do CT Carlos Castilho. Depois do empate por 2 a 2 com o Grêmio, Marcelo perdeu o início do bate-papo no vestiário por ter sido sorteado para realizar exame antidoping. Ele se despede do Fluminense com 68 jogos nesta segunda passagem pelo time. Apesar de sair do clube, o ídolo do Fluminense deixará um legado importante na história do time.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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