A diversidade religiosa no Brasil influencia a alimentação da população, impulsionando um mercado potencial específico para produtos com especificações de acordo com preceitos muçulmanos.
A diversidade religiosa no Brasil também se manifesta no setor de abate e processamento de animais, influenciando diretamente nos hábitos alimentares da população. Além disso, a demanda internacional por produtos de origem animal gerou um aumento significativo nas operações de abate e processamento de animais destinados à exportação, especialmente para países asiáticos.
Em meio a esse cenário, é importante destacar a importância do respeito às práticas de sacrifício e preparação de animais de acordo com as crenças religiosas, garantindo a qualidade dos produtos finais. O mercado de abate e processamento de animais está em constante evolução para atender às demandas locais e internacionais, respeitando as tradições e regulamentações vigentes.
Mapa define regras para abate e processamento de animais de acordo com preceitos religiosos
Em árabe, o termo halal é utilizado para descrever o que é considerado lícito, especialmente no que diz respeito à alimentação. Nesse contexto, certas espécies animais são consideradas impuras, como o porco, enquanto outros animais, como frangos e bovinos, necessitam passar por um ritual específico de purificação desde o abate até o corte para serem consumidos. Essas práticas estão relacionadas não apenas ao mercado em si, mas também a questões religiosas em comunidades judaicas e muçulmanas ao redor do mundo.
Inspeção e autorização para sacrifício e preparação de animais
Em países judaicos como Israel, existem regras semelhantes às do halal, conhecidas como kosher, que determinam o que é considerado adequado. Tanto para atender a mercados específicos quanto à população muçulmana religiosa, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) define diretrizes para a autorização de estabelecimentos que realizam o abate e processamento de animais de acordo com os preceitos religiosos correspondentes.
Para obter a autorização de funcionamento, os estabelecimentos devem seguir as especificações e regras apropriadas ao contexto religioso, além de garantir a conformidade com as normas sanitárias do Brasil e do país de destino dos produtos. A solicitação é feita ao serviço de inspeção federal, através do sistema eletrônico do Mapa, incluindo declaração da autoridade religiosa competente.
Novas medidas para abate e processamento de animais conforme normas religiosas
A portaria publicada recentemente no Diário Oficial da União estabelece os procedimentos a serem seguidos para a autorização de abate e processamento de animais para fins religiosos. Essas medidas entrarão em vigor a partir do dia 2 de maio, garantindo a adequação às leis de bem-estar animal e a qualidade sanitária, tanto no Brasil quanto nos países de destino, para a comercialização dos produtos de origem animal.
Fonte: © TNH1
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