Arcebispo Jaime: Queda-água em Porto Alegre, dramático situação, cientistas chamam atenção com especial termos: recorrentes cheias, solidário apelo.
Pela janela da Cúria Metropolitana, sede administrativa da Arquidiocese de Porto Alegre (RS), o arcebispo dom Jaime Spengler observa a chuva voltar a cair com intensidade sobre a capital gaúcha.
Enquanto o arcebispo contempla a chuva, no horizonte, nuvens escuras anunciam a chegada de uma tempestade iminente, trazendo consigo um chuvisco que logo se transformará em uma forte storm.
Chuva: Uma Situação Dramática
‘Teremos dias ainda muito difíceis pela frente’, expressou o religioso católico em uma entrevista recente, mencionando a situação desafiadora causada pela chuva. Os temporais já haviam ceifado ao menos 116 vidas e deixado 70.772 pessoas desabrigadas em todo o estado. Os números oficiais, no entanto, continuavam a aumentar, chegando a 143 e 81.170, respectivamente.
A magnitude da tragédia levou o papa Francisco a entrar em contato com dom Jaime, manifestando solidariedade diante da tempestade que assolava a região. O papa expressou seu apoio aos afetados pela chuva e ofereceu suas preces em um gesto de solidariedade.
Dom Jaime, como arcebispo metropolitano de Porto Alegre, lidera 158 paróquias em 29 cidades gaúchas, algumas das quais foram duramente atingidas pelo chuvisco contínuo que começou no final de abril. Canoas e Eldorado do Sul foram algumas das localidades mais afetadas.
Além de suas responsabilidades locais, dom Jaime também preside a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam). Em meio à situação dramática provocada pelas chuvas, ele convocou a população a agir de forma solidária e a ouvir os apelos da Terra diante desses eventos climáticos extremos.
Os cientistas há muito tempo alertam para a necessidade de uma atenção especial ao meio ambiente, uma questão que dom Jaime considera urgente. Ele destacou a importância de ações imediatas para lidar com as mudanças climáticas, enfatizando a recorrência dos desastres naturais na região.
Em uma entrevista à Agência Brasil, o arcebispo ressaltou a frequência crescente de eventos climáticos adversos, como as tempestades e as cheias que têm assolado a região. Ele lamentou a negação de alguns sobre o aquecimento global e a urgência de agir diante dessa realidade.
O brasão arquiepiscopal de dom Jaime, que faz referência aos rios Guaíba e Itajaí-Açu, simboliza a ligação do arcebispo com as águas e as cheias que têm impactado as comunidades locais. Esses eventos extremos têm causado perdas de vidas e danos materiais significativos ao longo dos anos.
A Igreja Católica tem sido uma voz ativa na conscientização sobre a crise climática, chamando a atenção para a importância de proteger o meio ambiente. Desde a década de 1970, os líderes religiosos têm instado os fiéis a assumir a responsabilidade de preservar o planeta diante das ameaças ambientais.
Fonte: @ Agencia Brasil
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