Em uma consulta pública da Anvisa, 59% da população ilérica debatia alternativas à proibição de fumar, contribuindo com 41.458 votações. Idênto aos maiores idade desejam reduzir danos à saúde pública, parando de fumar, avançando na regulamentação global. (146 caracteres)
A Anvisa optou por manter, em abril, a proibição da comercialização dos cigarros eletrônicos. Apesar disso, os cigarros eletrônicos e vapes continuam acessíveis ao público, embora de forma ilegal. ‘A única opção que nos resta é apelar para a clandestinidade’, afirmou Miguel Okumura, defensor da redução de danos, em declarações à CNN. Miguel usa vapes há sete anos e lamenta a decisão do órgão regulador.
O debate em torno dos dispositivos eletrônicos para fumar continua acalorado, com defensores e opositores apresentando argumentos diversos. A popularidade dos cigarros eletrônicos e vapes tem gerado controvérsias e levantado questões sobre regulação e saúde pública. É importante considerar os diferentes pontos de vista para uma discussão ampla e informada sobre o uso desses produtos eletrônicos.
Preocupações da População com a Regulamentação dos Cigarros Eletrônicos
Como vaper, é comum se sentir desamparado diante da falta de regulamentação dos cigarros eletrônicos. Há um questionamento sobre a hipocrisia existente nesse debate. Enquanto os cigarros convencionais, amplamente reconhecidos por seus malefícios à saúde, são regulamentados, os vapes seguem ilegalmente fora desse escopo regulatório no Brasil.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) propôs uma consulta pública para envolver a população no debate sobre a regulamentação dos dispositivos eletrônicos. Entre as milhares de contribuições recebidas, cerca de cinquenta e nove por cento se mostraram favoráveis à não proibição dos cigarros eletrônicos.
Em uma votação, a Anvisa decidiu manter a proibição dos cigarros eletrônicos no Brasil, levando a população vaper a se sentir ainda mais excluída. Enquanto isso, na Suécia, há um movimento para se tornar o primeiro país ‘livre de fumo’ do mundo.
Segundo o Ipec, quase três milhões de brasileiros consomem cigarros eletrônicos, demonstrando a grande adesão a essa alternativa aos cigarros convencionais. O debate sobre a regulamentação desses dispositivos é global, com diferentes abordagens em todo o mundo.
No Canadá, por exemplo, os vapes são permitidos para maiores de idade. Especialistas como David Sweanor, reconhecido por seus estudos em saúde pública, defendem a utilização dos cigarros eletrônicos como uma forma de redução de danos em relação ao tabagismo.
Sweanor enfatiza a urgência de reduzir as mortes relacionadas ao tabagismo, destacando os enormes benefícios para a saúde pública que a substituição dos cigarros por dispositivos eletrônicos pode trazer. Segundo ele, é fundamental limitar o uso desses produtos de forma a beneficiar principalmente os fumantes que desejam parar.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam para o impacto devastador do tabagismo, que causa milhões de mortes anualmente. No Brasil, as consequências do consumo de cigarros convencionais são evidentes, gerando prejuízos significativos para o sistema de saúde e a economia do país.
Diante desse cenário, o debate sobre a regulamentação dos cigarros eletrônicos continua, enquanto a população vaper busca por soluções que possam contribuir para a redução dos danos à saúde pública causados pelo tabagismo.
Fonte: © CNN Brasil
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