Elenilce enfrentou um susto inicial com o filho de 10 anos, incluindo exames, hematoma, cirurgia de emergência e recuperação.
Passados três dias desde o nascimento de seu filho, Elenilce Nascimento, atualmente com 44 anos, foi informada da necessidade de amputar a mão do bebê. À época, os profissionais da saúde não tinham conhecimento de que Athos, que faz 10 anos nesta sexta-feira (12/4), era portador de hemofilia.
A hemofilia é um distúrbio de coagulação devido à ausência ou deficiência de certos fatores de coagulação sanguínea. Este transtorno de coagulação pode resultar em sangramentos prolongados e espontâneos, representando um desafio para a vida diária dos pacientes. É essencial um acompanhamento médico rigoroso para garantir o gerenciamento adequado da doença hemorrágica.
Uma história de superação: enfrentando a hemofilia desde o nascimento
A equipe médica do hospital realizou uma primeira coleta de sangue em Athos, um recém-nascido, para a realização de exames. Infelizmente, houve uma complicação nessa coleta, causando um grande hematoma que resultou em necrose na mão do bebê. A mãe, preocupada, descreveu o choque ao ver a mão do filho ficar preta, levando os médicos a considerarem uma cirurgia de emergência para tentar preservar os movimentos da mão ou até mesmo a amputação.
Após um susto inicial, o diagnóstico de hemofilia foi dado a Athos. A partir desse momento, tanto Elenilce quanto a criança embarcaram em uma jornada de cuidados constantes devido a esse distúrbio de coagulação. A hemofilia, uma doença hemorrágica hereditária que afeta principalmente meninos, interfere nos fatores de coagulação sanguínea, prejudicando a capacidade do corpo de se recuperar de sangramentos adequadamente.
Athos foi diagnosticado com hemofilia do tipo A, onde o problema está no fator VIII da coagulação. A reposição do fator de coagulação torna-se crucial em casos graves, como no de Athos. A hematologista Alessandra Prezotti enfatiza a importância dessa reposição rápida para garantir a recuperação adequada dos sangramentos.
Durante os primeiros meses de vida de Athos, situações desafiadoras surgiram, como um grande hematoma na cabeça após um simples acidente. Isso resultou em uma hospitalização prolongada, com aplicação frequente de fatores de coagulação para lidar com a inibição do organismo do bebê. Sua resposta ao tratamento convencional foi complicada devido ao desenvolvimento de inibidores de coagulação, o que exigiu uma abordagem diferente.
A resistência ao tratamento padrão é comum em casos de hemofilia A com inibidores, como Athos apresentou. A hematologista explicou que alternativas de medicação, como o emicizumabe, são necessárias nesses casos para controlar os sangramentos. Esse medicamento, administrado por via subcutânea a cada 15 dias, desempenha o papel do fator VIII, proporcionando um caminho mais eficaz de tratamento para pacientes com esse transtorno de coagulação.
Fonte: @ Metropoles
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