Refrigerantes têm fama de saudáveis, mas escondem riscos à saúde; desvendar essas palavras. Água amarga retarda enjoo, tipos tradicionais de bebida.
Embora não seja um refresco como os outros, a água tônica se tornou um verdadeiro fenômeno no Brasil, especialmente entre os jovens. Seu sabor amargo e a ausência de açúcar a tornam uma escolha interessante para aqueles que buscam uma opção mais saudável. Além disso, a partir de sua composição e nome, surgiram mitos e lendas que envolvem a água tônica.
A água tônica é frequentemente citada como uma alternativa para ajudar a aliviar sintomas de ressaca, devido ao seu sabor amargo. Alguns também afirmam que ela pode ajudar a prevenir enjoo em viagens de avião ou em outras situações onde o estômago pode ter dificuldade em digerir. No entanto, é importante notar que essas afirmações ainda não estão cientificamente comprovadas e devem ser abordadas com cautela. O consumo de água tônica pode ser uma escolha inteligente para quem busca uma opção mais saudável, mas é essencial entender suas propriedades e limitações.
Desvendar mitos da água tônica
A água tônica, uma bebida tradicional que tem sido associada a diversas crenças e benefícios, é objeto de estudo e debate entre especialistas em nutrição e saúde. Com o objetivo de esclarecer essas suposições, vamos mergulhar na análise de cinco afirmações frequentemente associadas à água tônica.
Não previne cãibras
A quinina, substância responsável pelo gosto amargo da água tônica, foi historicamente usada para tratar cãibras musculares. No entanto, em consequência de relatos de efeitos adversos associados ao uso de drogas contendo quinina, a Food and Drug Administration (FDA) retirou essas substâncias do mercado. Embora a água tônica contenha baixas quantidades de quinina, o uso dela como preventivo para cãibras ainda não foi aprovado pelas autoridades reguladoras, conforme afirma a nutricionista Tatiana Branco Barroso.
Bomba de açúcar
Acredita-se que o sabor amargo da água tônica indique uma menor quantidade de açúcar, tornando-a uma opção atraente para pacientes com diabetes. Contudo, uma latinha da bebida contém quase 10 colheres de chá de açúcar, correspondendo a 150 calorias. Com base nessa informação, é essencial controlar o consumo de água tônica em indivíduos com restrições de glicose no sangue, como afirma a nutricionista Cátia Medeiros.
Paliativo contra a ressaca
A ideia de que a água tônica ajuda a combater a ressaca não é sustentada por evidências científicas. De acordo com o nutrólogo José Alves Lara Neto, a sensação de bem-estar associada ao consumo de água tônica durante a ressaca ocorre devido à reposição de açúcar no sangue, resultante da absorção rápida desse nutriente. No entanto, essa sensação é passageira e o ideal é realizar uma alimentação leve e beber água.
Inútil contra a cinetose
Alguns indivíduos buscam beber água tônica antes de viagens ou passeios para evitar o mal-estar decorrente da cinetose. No entanto, a nutricionista Tatiana Branco Barroso afirma que o gosto amargo da água tônica pode piorar o quadro, pois retarda o esvaziamento gástrico, o que pode favorecer a náusea.
Vilão para os ossos
Segundo a nutricionista Cátia Medeiros, todos os refrigerantes, incluindo a água tônica, reduzem a absorção de cálcio pelos ossos. Isso ocorre porque essas bebidas contêm fósforo, que compete com o cálcio, atrapalhando o processo de absorção. Contudo, a nutricionista Tatiana Branco Barroso sugere que pessoas com problemas de falta de cálcio no organismo podem não consumir alimentos ricos em cálcio, o que pode ser a verdadeira causa do problema.
Fonte: @ Minha Vida
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