Julgamento do clube inglês com novas regras para transações entre proprietários de clubes e os melhores jogadores do mundo.
O Manchester City moveu uma ação judicial contra a Premier League devido às recentes mudanças nas regras, implementadas em dezembro de 2021 e atualizadas em janeiro de 2024, que regulam as ‘transações entre partes associadas’ (TPAs). A equipe está buscando esclarecimentos sobre as diretrizes e como elas podem afetar suas operações no futuro.
Diante da controvérsia, o Manchester City reafirma seu compromisso em seguir as normas estabelecidas pela Premier League e destaca a importância da transparência em todas as negociações do clube. A instituição está confiante de que a situação será resolvida de maneira justa e espera continuar competindo no mais alto nível do futebol inglês.
Manchester City: Novas Regras em Questão
Um tribunal está programado para ouvir o caso envolvendo o Manchester City em 10 de junho, com uma decisão esperada dentro de duas semanas após essa data. Segundo o The Times, que examinou o extenso documento de 165 páginas apresentado pela equipe, de propriedade do Abu Dhabi United Group, o clube está argumentando que certas regulamentações vão contra as leis de concorrência no Reino Unido.
A instituição também está pleiteando compensações financeiras com base no argumento de que, ao longo dos anos, foi obrigada a cumprir tais normas, resultando em perdas de receitas significativas. Se o tribunal decidir a favor do Manchester City, os efeitos podem ser consideráveis, permitindo que os proprietários de clubes realizem investimentos substanciais em suas equipes por meio de acordos de patrocínio.
Teoricamente, os clubes poderiam adquirir os melhores jogadores do mundo se tivessem recursos financeiros ilimitados e estivessem dispostos a aceitar prejuízos constantes. Isso poderia revolucionar a hierarquia do futebol europeu, afetando clubes sem fins lucrativos e aqueles controlados por fundos de investimento.
Essa mudança eliminaria as restrições de custos, tornando o setor menos atrativo para investidores, em um momento em que ligas e órgãos reguladores buscam promover a sustentabilidade. Além disso, impactaria o caso da Premier League contra o Manchester City, relacionado a supostas violações financeiras.
A situação coloca o clube em um cenário inexplorado, levantando dúvidas sobre o futuro do futebol. Para esclarecer os detalhes, foi elaborado um questionário explicativo, abordando questões como ‘transações com partes associadas’.
Essas transações envolvem entidades com vínculos com o clube ou seu proprietário, tornando-se um ponto sensível desde a implementação das regras do fair play financeiro em 2011. Por exemplo, se Elon Musk fosse dono do Tottenham e desejasse investir mais no clube, ele teria que aumentar a receita da equipe, limitada pelas regulamentações atuais.
Nesse contexto, acordos de patrocínio desempenham um papel crucial na geração de receita. Como CEO e grande acionista da Tesla, Musk poderia explorar essa conexão para impulsionar os recursos do clube. A batalha do Manchester City contra as normas estabelecidas poderá moldar o futuro do futebol europeu e redefinir as relações entre clubes, investidores e reguladores.
Fonte: @ ESPN
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