Semana passada, dólar americano perdeu 0,91% em relação ao real. Dados de mercado: fracos emprego, trabalho suspenso, desemprego, taxa desemprego 12.1%, salário hora médio R$ 3.35, índice consumidor 114,52.
O dólar continuou a sua tendência de queda e apresentou um recuo significativo nesta sexta-feira, 3, superando R$ 5,10. A diminuição foi impulsionada por indicadores desfavoráveis do mercado de trabalho dos Estados Unidos em abril, que contribuíram para a desvalorização da moeda americana.
Com a diminuição do valor do dólar, investidores e especialistas estão atentos aos próximos movimentos do mercado cambial para avaliar o impacto nos investimentos em dólar e outras formas de moeda americana. A instabilidade econômica global tem sido um fator determinante nos recentes movimentos do dólar.
Impacto das Incertezas Econômicas na Queda do Dólar
Após o encerramento das negociações, observou-se uma queda de 0,85% no dólar, que foi cotado a R$ 5,0697, marcando um cenário instável para a moeda americana, que oscilou entre a mínima de R$ 5,0449 e a máxima de R$ 5,1169. No acumulado da semana, o dólar apresentou uma perda de 0,91% em relação ao real, refletindo a volatilidade do mercado de câmbio.
A criação de 175 mil vagas de empregos nos Estados Unidos em abril surpreendeu negativamente os analistas, ficando abaixo das expectativas e do número revisado de março, que registrou 315 mil vagas. Esse fraco desempenho no mercado de trabalho americano impactou a taxa de desemprego, que subiu de 3,8% em março para 3,9% em abril, contrariando as projeções de estabilidade.
Em contrapartida, o salário médio por hora teve um leve aumento de 0,2% em abril, abaixo do registrado em março, o que também contribui para o cenário de incertezas econômicas nos Estados Unidos. Além disso, o índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços apresentou uma queda significativa, passando de 51,4 em março para 49,4 pontos em abril, indicando uma contração na atividade econômica.
Diante dessa conjuntura desfavorável, o dólar tem sido impactado pela perspectiva de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA. A expectativa de dois cortes de juros ainda este ano tem influenciado a trajetória da moeda americana, que tende a enfraquecer em relação a outras divisas, como o real.
Os analistas do mercado financeiro projetam que as taxas de juros nos EUA poderão encerrar o ano num intervalo entre 4,75% e 5%, caso se concretizem os dois cortes esperados. A perspectiva de um ambiente de política monetária mais flexível nos EUA contribui para a instabilidade do dólar em relação às demais moedas, evidenciando a sensibilidade do mercado a dados de mercado e indicadores econômicos.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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