“Ansiedade climática: preocupações ambientais sobre alterações climáticas recentes, traumatizadas pelo calamitosas enchentes e catástrofes climáticas no Rio Grande do Sul.”
Em meio aos desastres naturais que assolam diversas regiões do Brasil, como os incêndios na Amazônia e as secas no Nordeste, surge um sentimento crescente de preocupação e medo em relação ao futuro do planeta: a ecoansiedade.
A ecoansiedade é um reflexo do impacto das mudanças climáticas em nosso cotidiano, gerando sintomas semelhantes aos da ansiedade tradicional, mas com foco na crise climática. É fundamental buscar formas de lidar com essa nova realidade e promover a conscientização sobre a importância da preservação ambiental para mitigar os efeitos devastadores do aquecimento global.
O que é ecoansiedade?
‘Ecoansiedade’, também conhecida como ‘ansiedade climática‘, é definida como o medo crônico da catástrofe ambiental, conforme a Associação Americana de Psicologia. O termo emergiu devido ao aumento das catástrofes ambientais, tornando-se um neologismo na sociedade contemporânea. Marcos Gebara, especialista em psiquiatria clínica, destaca a relevância desse termo para expressar as angústias relacionadas às mudanças climáticas recentes.
A ascensão da ecoansiedade
A ecoansiedade começou a ser explorada na literatura de ecopsicologia nos anos 1990, mas ganhou destaque diante das mudanças climáticas atuais. Um estudo realizado em 2021, envolvendo mais de 10 mil crianças e jovens de diversos países, revelou que a preocupação com as alterações climáticas é uma realidade compartilhada. Cerca de 59% dos participantes demonstraram grande preocupação com as mudanças climáticas, enquanto 89% estavam moderadamente preocupados.
O impacto emocional das mudanças climáticas
Os sentimentos de tristeza, ansiedade, raiva, impotência e culpa são comuns entre os entrevistados, refletindo a ecoansiedade presente na sociedade. Mais de 45% relataram que suas vidas diárias foram afetadas negativamente por essas preocupações. A sensação de um futuro assustador e a percepção de falha na preservação do planeta são amplamente compartilhadas, exigindo uma abordagem urgente por parte dos governos.
A influência das redes sociais e do noticiário
A ansiedade climática pode ser intensificada pela exposição excessiva a eventos climáticos adversos através das redes sociais e do noticiário. Miriam Alves, presidente do CRPRS, destaca que o acompanhamento constante dessas informações pode agravar a ecoansiedade, afetando não apenas aqueles diretamente impactados, mas também aqueles que observam de longe. É essencial reconhecer e abordar essa questão de forma holística para mitigar os efeitos da ecoansiedade na sociedade contemporânea.
Fonte: © CNN Brasil
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