Crianças e idosos precisam de atenção especial devido à poluição atmosférica, que afeta a qualidade do ar e o aparelho respiratório, aumentando o risco de doenças respiratórias causadas por substâncias poluentes.
A saúde das pessoas está sendo afetada negativamente devido ao excesso de fuligem e fumaça no ar, associado ao clima seco que atinge boa parte do país. Esse cenário tem causado desconforto e mal-estar a muitas pessoas, especialmente crianças e idosos, que são mais vulneráveis a esses fatores ambientais.
A presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Margareth Dalcolmo, destaca que a situação é preocupante e pode afetar negativamente a saúde e o bem-estar das pessoas. Além disso, a exposição prolongada a esses poluentes pode levar a problemas respiratórios graves e afetar a condição física das pessoas, especialmente aquelas que já têm problemas de saúde pré-existentes. É fundamental tomar medidas para minimizar os efeitos desses poluentes no ar.
Impacto da Poluição Atmosférica na Saúde
A especialista em pneumologia, Margareth Dalcolmo, expressou sua preocupação com os efeitos nocivos da baixa qualidade do ar na saúde, especialmente em relação ao aparelho respiratório. ‘Estamos vendo um aumento significativo de casos de rinites, asma, bronquite aguda e alergias respiratórias, que afetam principalmente crianças e idosos, grupos mais vulneráveis a esses danos’, disse ela em entrevista à Rádio Nacional.
A dificuldade em avaliar o nível de dano causado às pessoas é grande, devido à variedade de substâncias nocivas presentes no ar. ‘Não podemos determinar se o dano será definitivo ou temporário, pois a poluição atmosférica contém muitas substâncias extremamente nocivas, associadas à secura do ar e falta de umidade e chuva’, explicou a pneumologista.
A fumaça liberada pelos incêndios contém misturas de gases tóxicos e partículas finas que prejudicam os alvéolos pulmonares, produzindo monóxido de carbono, dióxido de enxofre e compostos orgânicos voláteis. Esses poluentes podem causar ou agravar doenças respiratórias, especialmente em pessoas asmáticas ou com enfisema pulmonar.
Condição Física e Estado de Saúde
A Organização Mundial da Saúde recomenda não ultrapassar 45 microgramas de substâncias poluentes por ano, mas em São Paulo, os valores registrados já ultrapassaram 300 microgramas. ‘É muito grave’, disse Margareth. Para se proteger, é importante ficar em casa o máximo possível, ventilar a casa com cuidado e hidratar-se muito. ‘É fundamental que as pessoas bebam o dobro do volume de água que costumam beber no dia’, acrescentou.
O Ministério da Saúde pretende atualizar normas e recomendações à população sobre cuidados para evitar que a má qualidade do ar prejudique ainda mais a saúde. A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia foi convidada a participar da elaboração dessas medidas.
A presidente da SBPT afirma que não tem dúvida de que o sistema de saúde sofrerá um grande impacto devido à maior incidência de doenças respiratórias na população. ‘Já está trazendo, comprometendo e limitando a capacidade de atendimento de nossas emergências e clínicas da família.’
Quando se deve buscar ajuda dos serviços de saúde? ‘Quando se começa a sentir desconforto e falta de ar’, respondeu a pneumologista. É fundamental priorizar a saúde e o bem-estar, especialmente em situações de poluição atmosférica intensa.
Fonte: @ Agencia Brasil
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