Falta de dados dos negócios da empresa no país prejudica relação com grandes grupos de mídia, devido à invasão ao Congresso Nacional pela X.
A X está no centro de uma polêmica envolvendo o bilionário Elon Musk e o ministro Alexandre de Moraes. Com a possibilidade de encerramento das atividades da X no Brasil, a atenção se volta para a presença limitada da empresa no país, que reduziu suas operações nos últimos anos.
A discussão entre Musk e Moraes tem levantado questionamentos sobre o futuro da X, antigo Twitter, por aqui. A empresa tem enfrentado desafios em sua atuação no Brasil, refletindo uma realidade mais restrita e adaptada. A repercussão do caso demonstra como a presença da X no país está em constante transformação.
Presença mínima da X no Brasil levanta questões sobre impacto global
Apesar da expressiva quantidade de usuários brasileiros na plataforma, a presença mínima da X no país levanta dúvidas sobre como uma possível saída poderia afetar suas operações globais, de acordo com o IM Business. O Brasil ocupava o sexto lugar em número de usuários ativos para a X em janeiro deste ano, com 22,13 milhões de pessoas, conforme dados abertos da Statista, ficando atrás de países como Indonésia, Reino Unido, Índia, Japão e Estados Unidos.
A plataforma, adquirida por Musk em 2022, registrou uma queda de 40% na receita um ano após a transação, conforme o Wall Street Journal. O último balanço público da X remonta ao segundo trimestre de 2022, quando reportou uma receita de US$ 1,18 bilhão e um prejuízo de US$ 270 milhões.
Primeiro escritório da X no Brasil e mudanças na atuação
A rede social estreou seu primeiro escritório no Brasil em dezembro de 2012, marcando sua presença física inicial na América Latina. Inicialmente, o objetivo era fortalecer laços comerciais com o mercado publicitário. Contudo, desde a aquisição por Musk, a atuação da plataforma no país tem sido mais discreta e reduzida.
Em janeiro do ano passado, o The Washington Post noticiou demissões na X no Brasil em meio à invasão ao Congresso Nacional. Segundo a publicação, os oito moderadores de conteúdo sediados em São Paulo foram dispensados durante um corte massivo em novembro de 2022, logo após a mudança de liderança. Apenas profissionais das áreas comerciais foram poupados do desligamento. Antes das demissões, a empresa contava com 150 funcionários no Brasil.
Impacto nas trocas de ameaças e redução da equipe no Brasil
Hoje, apenas 35 usuários do LinkedIn se identificam como funcionários da X em São Paulo, em meio a 3.558 perfis vinculados à empresa. Uma fonte do IM Business observa que a empresa deixou o escritório no Itaim Bibi pouco tempo após as demissões. O novo local abriga áreas operacionais, mas a estrutura global prevalece.
A falta de comunicação efetiva da empresa tem sido um desafio, com jornalistas que procuram informações recebendo respostas evasivas. Em março de 2023, uma resposta automática desagradável era enviada aos contatos de imprensa da companhia. Hoje, a mensagem é mais educada, mas ainda mostra uma postura distante.
Em um cenário de incerteza, a X mantém uma postura reservada no mercado brasileiro, levantando questionamentos sobre seu futuro e o impacto global de sua atuação cada vez mais pequena. A empresa parece navegar por caminhos delicados, com uma presença local discreta que contrasta com sua relevância em escala mundial.
Fonte: @ Info Money
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