Proposta ligada à libertação de reféns do Hamas. EUA vetaram resoluções anteriores. Israel arrisca operação no território palestino, mudando o tom do conflito.
Após intensos conflitos na região, os Estados Unidos exigiram um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. A proposta foi apresentada no Conselho de Segurança da ONU pelo secretário de Estado Antony Blinken, como uma tentativa de promover a paz na região.
Diante da situação crítica, é fundamental estabelecer uma trégua que permita uma pausa nos confrontos na Faixa de Gaza. A comunidade internacional deve agir rapidamente para evitar mais vítimas civis e buscar uma solução pacífica para o conflito em curso.
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Resolução apresentada pelos Estados Unidos para cessar-fogo entre Israel e Hamas
Segundo Blinken, a possibilidade de cessar-fogo imediato está ligada à liberação de reféns que estão sob poder do grupo terrorista Hamas.
‘Esperamos sinceramente que os países apoiem isso. Penso que isso enviaria uma mensagem forte, um sinal forte.
Mas, claro, apoiamos Israel e o seu direito de se defender‘, afirmou durante a entrevista.
O secretário afirmou ainda que os Estados Unidos estão trabalhando em conjunto com Egito e o Catar para que haja um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, com a libertação de reféns. Blinken está visitando a Arábia Saudita para discutir a guerra entre Israel e o Hamas.
Outros detalhes sobre a resolução apresentada pelos Estados Unidos não foram divulgados. A intenção de os Estados Unidos apresentarem uma resolução no Conselho de Segurança na ONU propondo a interrupção do conflito no território palestino começou a ser ventilada em fevereiro. Aliados de Israel, os EUA vetaram resoluções anteriores apresentadas por outros países sobre o conflito.
Um dos textos vetados foi apresentado pelo Brasil, em outubro de 2023. Nas últimas semanas, o governo norte-americano vem mudando o tom em relação ao conflito. O presidente Joe Biden tem demonstrado preocupação com o grande número de civis mortos no território palestino.
No início de março, durante uma entrevista, Biden chegou a dizer que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está ‘prejudicando mais do que ajudando’ Israel com a postura na Faixa de Gaza.
‘Ele tem o direito de se defender, o direito de continuar perseguindo o Hamas, mas ele precisa prestar mais atenção às vidas inocentes que estão sendo perdidas como consequência das ações tomadas’, disse.
Os Estados Unidos também veem como arriscada uma possível operação de Israel na cidade de Rafah, no sul de Gaza, onde mais de 1 milhão de palestinos estão alojados.
Já na terça-feira (19), Netanyahu rejeitou um pedido de Biden para cancelar os planos de um ataque terrestre em Rafah. O premiê afirmou que deixou claro ao presidente dos Estados Unidos que está determinado a concluir a eliminação de batalhões do Hamas na região. Por outro lado, o governo norte-americano vem afirmando que um ataque terrestre em Rafah seria um erro.
Esforços internacionais pela trégua e pausa nos confrontos
Blinken ressaltou que a prioridade é alcançar um cessar-fogo imediato entre Israel e o Hamas, com a liberação dos reféns. Ele destaca a importância de os países apoiarem essa iniciativa para enviar um sinal forte de paz e cooperação.
O apoio a Israel e seu direito de se defender é uma constante durante as negociações. Os Estados Unidos, em parceria com Egito e o Catar, buscam um acordo que beneficie ambas as partes, garantindo a segurança e a vida dos civis afetados pelo conflito.
A resolução apresentada pelos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU visa interromper os confrontos no território palestino, evidenciando a preocupação com a situação dos inocentes envolvidos. A mudança de postura dos EUA em relação ao conflito destaca a necessidade de priorizar a proteção dos civis e a busca por soluções pacíficas.
A recusa de Netanyahu em ceder às pressões de Biden para cancelar a operação em Rafah demonstra a complexidade da situação e a urgência de encontrar uma saída que garanta a estabilidade na região. O risco de um grande número de vítimas civis em decorrência de um ataque terrestre é um ponto de preocupação levantado pelas autoridades norte-americanas.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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