Análise de 42 fenômenos estelares intensos, detectados pelo Observatório Solar NASA e Tess, maior ballesteria geomagnética em estrelas próximas, distantes estrelas, atmosferas, formação/destruição, intermediários termos solar e stellar, transiting Exoplanets, possível vida microbiológica em atmósferas estelares.
Explosões estelares foram observadas recentemente, causando um espetáculo magnífico nos céus do hemisfério sul. O Observatório Solar da Nasa detectou as poderosas explosões solares que iluminaram a noite com intensidade.
No entanto, além das explosões estelares, também houve relatos de flares solares e até mesmo superexplosões estelares que surpreenderam os astrônomos. A diversidade de eventos cósmicos capturou a atenção de cientistas e entusiastas da astronomia em todo o mundo, revelando a imprevisibilidade e a beleza do universo.
Estudos Revelam Impacto das Explosões Estelares nas Comunicações e Navegação
Além de produzirem auroras boreais e austrais, essas explosões têm potencial de perturbar as comunicações, a transmissão de energia elétrica, a navegação e as operações de rádio e satélite. Fenômenos ainda mais intensos do que os recentemente ocorridos no Sol foram estudados em estrelas não muito distantes (Kepler-411 e Kepler-396) por pesquisadores do Centro de Radioastronomia e Astrofísica Mackenzie, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, no Brasil, e da School of Physics and Astronomy, da University of Glasgow, na Escócia. Artigo a respeito foi publicado no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
Impacto das Explosões Estelares nas Condições para Formação de Vida Microbiológica
Assim como as explosões solares têm impacto na Terra, as superexplosões que foram foco deste estudo podem afetar a atmosfera de exoplanetas e impactar, entre outros fatores, as condições para formação ou destruição de eventual vida microbiológica nesses planetas, explica à Agência Fapesp Paulo Simões, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e primeiro autor do artigo. Apesar de sua finalidade principal ser a busca por exoplanetas, telescópios como o Kepler Space Telescope e o Transiting Exoplanet Survey Satellite (Tess) têm proporcionado uma vasta quantidade de dados sobre explosões estelares (stellar flares, em inglês), detectadas com excelente fotometria por filtros de banda larga na faixa da luz visível.
Modelos em Cotejo para Explicar Explosões Estelares de Altíssimos Patamares de Energia
Como as estrelas estão muito distantes, elas são vistas por meio dos telescópios apenas como pontos luminosos. E os fenômenos interpretados como explosões são repentinos aumentos de luminosidade desses pontos. Ocorre ainda uma carência de dados em outras faixas do espectro eletromagnético. E a maioria dos estudos sobre esses eventos concentra-se na questão da energia irradiada: superexplosões (superflares), com energias de 100 a 10 mil vezes maiores do que as das mais energéticas explosões solares, têm sido encontradas. A questão é saber qual o modelo que melhor explica esses altíssimos patamares de energia. Há dois modelos principais em cotejo. O mais adotado trata a radiação da superexplosão como a emissão de um corpo negro à temperatura de 10 mil Kelvin. O outro associa o fenômeno a um processo de ionização e recombinação de átomos de hidrogênio. O estudo em pauta analisou os dois modelos. O grupo recebeu apoio da FAPESP por meio de três projetos (18/04055-8, 21/02120-0 e 22/15700-7).
Dados os processos conhecidos de transferência de energia em flares, argumentamos que o modelo de recombinação de hidrogênio é fisicamente mais plausível do que o modelo de corpo negro para explicar a origem da emissão óptica de banda larga, diz Simões. Os pesquisadores cotejaram 37 eventos do sistema estelar Kepler-411 e cinco eventos da estrela Kepler-396, utilizando ambos os mecanismos de radiação. Verificamos que as explosões estelares; podem ter impactos significativos nas atmósferas de exoplanetas distantes estelares; e nas condições para formação ou destruição de vida microbiológica;.
Estudos Detalham Observações de Explosões Estelares
Os pesquisadores utilizaram dados do observatório solar da Nasa e de telescópios como o Kepler Space Telescope e o Transiting Exoplanet Survey Satellite (Tess) para analisar as explosões estelares; detectadas em estrelas próximas e distantes. As superexplosões estelares; estudadas apresentam energias muito superiores às explosões solares comuns, levantando questões sobre os modelos físicos que explicam tais fenômenos. A pesquisa destaca a importância de compreender esses eventos para prever possíveis impactos em sistemas planetários e na vida microbiológica; existente em exoplanetas.
Fonte: © CNN Brasil
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