O número de internações por casos com suspeita de dengue nos pronto-socorros subiu 60%, dizem os respondentes.
Nas últimas quinzenas, foi constatado um acréscimo de casos de dengue em hospitais particulares de São Paulo. Dados apontam que mais de 60% dos hospitais no estado tiveram um aumento de internações relacionadas à dengue, tanto em leitos comuns quanto nas UTIs. Essa elevação também foi observada nos atendimentos de casos suspeitos de dengue realizados em prontos-socorros e unidades de urgência.
A sobrecarga nos sistemas de saúde, como instituições de saúde e unidades de saúde, se torna evidente diante do aumento expressivo de casos de dengue. É crucial que esses centros de saúde estejam preparados para lidar com o aumento da demanda e oferecer assistência adequada aos pacientes. A colaboração da população em ações de prevenção se torna ainda mais importante diante desse cenário de crise nas hospitais.
Impacto da Dengue e da Covid-19 nos Hospitais de São Paulo
De acordo com 77% dos hospitais questionados, o período de internação médio para pacientes com dengue é de 4 dias. Um terço dos hospitais relatou um aumento nas internações por dengue e Covid-19. Nas últimas duas semanas, observou-se um aumento nas internações em leitos de UTI por dengue, atingindo 58% dos hospitais consultados. Já a demanda por atendimento nas unidades de saúde com suspeita de dengue estava em baixos 14% durante o período anterior à pesquisa.
O levantamento foi conduzido de 1 a 10 de abril e envolveu 95 hospitais particulares em São Paulo. Observou-se uma diminuição nos novos atendimentos e internações por Covid-19 em comparação com a pesquisa anterior. Houve também um declínio em novos casos de dengue e Covid-19 relatados pelos hospitais.
No entanto, a positividade para dengue aumentou significativamente. Cerca de 30% dos hospitais registraram um aumento de 31% a 50% nos casos positivos, enquanto 31% apontaram um aumento de 11% a 20%. A faixa etária mais afetada, segundo 53% dos hospitais, foi de 30 a 50 anos, sem disponibilidade de vacinação contra dengue pelo SUS.
Francisco Balestrin, presidente da Fehoesp e do SindHosp, destacou o crescimento dos casos de dengue e a redução de casos de Covid-19. Ele atribui esse cenário às altas temperaturas e à falta de repelentes, o que contribui para o aumento da dengue e resulta em filas de espera e atrasos no atendimento nos hospitais.
Até o momento, o estado de São Paulo registrou 262 mortes por dengue somente neste ano, com 559 óbitos em investigação. O total de casos confirmados já ultrapassa 526 mil. A demanda por atendimento nas UPAs da capital foi intensa, chegando a um tempo de espera de até oito horas, resultando em superlotação e pacientes com sinais de dengue grave aguardando atendimento por longos períodos.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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