O Instituto Nacional divulgou Índice de Preços ao Consumidor: Dados Oficiais mostram variação da Taxa Básica nesta sexta-feira.
Em março, a Argentina registrou um aumento de 11% na inflação, conforme revelado pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) publicado pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) argentino. A escalada da inflação preocupa os consumidores e analistas econômicos, que buscam entender os impactos desse cenário na economia do país sul-americano.
Ao analisar as taxas inflacionárias divulgadas recentemente, fica evidente a pressão causada pelo aumento de preços em diversos setores da economia argentina. A oscilação no índice de inflação reflete um desafio constante para o governo e a população, que precisam buscar estratégias para lidar com esses impactos financeiros no dia a dia.
Desaceleração da Inflação na Argentina
Com o resultado divulgado, o aumento de preços atingiu a marca de 287,9% em um período de 12 meses. Apesar da elevação significativa, é importante notar que houve uma desaceleração comparado ao aumento de 13,2% registrado em fevereiro. Essa movimentação foi impulsionada principalmente pelo aumento nos setores de Educação (52,7%), Comunicação (15,9%) e Habitação, Água, Eletricidade, Gás e Outros Combustíveis (13,3%).
Intervenção do Banco Central
Um dia antes do anúncio do índice de inflação oficial, o Banco Central da Argentina promoveu uma redução na taxa básica de juros do país, de 80% para 70% ao ano. A instituição financeira justificou a decisão ao mencionar uma ‘desaceleração pronunciada’ da inflação, enfatizando o impacto estatístico retardado que a inflação carrega em suas médias mensais.
Medidas de Controle da Inflação
Desde que Javier Milei assumiu a Presidência da Argentina, medidas rigorosas foram implementadas para combater as taxas inflacionárias elevadas. Isso inclui cortes nas despesas do Estado e a desvalorização do peso em mais de 50% em dezembro, o que acelerou os aumentos de preços. O governo tem trabalhado no sentido de reduzir a base monetária de forma substancial, buscando assim absorver a liquidez e conter a escalada dos preços.
Recomendações do FMI e Desafios Econômicos
Enquanto a Argentina registra seu segundo superávit mensal, o país ainda enfrenta desafios como a pobreza e a inflação persistente. O Fundo Monetário Internacional recomendou que Milei considere proteger os setores mais vulneráveis da economia argentina. Diante desse cenário, manter um equilíbrio entre as políticas de controle da inflação e a mitigação dos impactos sociais representará um desafio constante para as autoridades econômicas do país.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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