Resultado do material eleitoral entregue na eleição presidencial do dia foi contestado pela oposição, gerando recurso eleitoral contencioso sobre resultados detalhados na mesa de investigação.
O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Venezuela anunciou, nesta quinta-feira (15), que deu início à análise de todo o material eleitoral fornecido à Corte pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e pelos partidos e candidatos da eleição presidencial de 28 de julho.
A votação presidencial, que ocorreu em 28 de julho, está sendo minuciosamente examinada pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Venezuela, que analisa todo o material eleitoral entregue pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e pelos partidos e candidatos. O processo de sufrágio é fundamental para garantir a transparência e legitimidade do pleito.
Eleição Presidencial na Venezuela: Decisão do STJ Sobre Recurso Eleitoral Contencioso
Concluído este processo de perícia no prazo peremptório previamente estabelecido pela Sala Eleitoral do STJ, verificados e certificados esses fatos objetivos, será proferida decisão definitiva sobre este recurso eleitoral contencioso, conforme informou a presidente do TSJ, Caryslia Rodríguez.
A Sala Eleitoral do Tribunal definiu, no dia 5 de agosto, um prazo de 15 dias para concluir a investigação sobre a eleição presidencial. Ou seja, até próxima terça-feira (20). Há a possibilidade de o Tribunal prorrogar o prazo inicial.
O resultado da eleição na Venezuela, que garantiu a reeleição a Nicolás Maduro, foi encaminhado ao Supremo após o presidente entrar com um recurso diante das denúncias de fraudes da oposição e de ataques cibernéticos contra o CNE.
O resultado emitido pelo Poder Eleitoral não foi reconhecido pela oposição, por organizações internacionais de observadores e por países, incluindo o Brasil. Isso se deve ao fato de o CNE não ter apresentado os resultados detalhados por mesa de votação, além de ter suspendido três auditorias programadas para após 28 de julho.
Com cada fiscal de partido tendo acesso a uma ata eleitoral de cada urna, a oposição afirma ter recolhido mais de 80% das atas. Esses documentos foram publicados online e indicam a vitória do candidato opositor, Edmundo González.
O governo venezuelano alega que as atas da oposição foram falsificadas e o Ministério Público do país iniciou uma investigação penal contra os responsáveis pela divulgação desses documentos.
Os partidos que apoiaram a candidatura de Edmundo González não apresentaram as atas eleitorais ao TSJ, conforme solicitado pela Corte. Além disso, o próprio candidato não compareceu à audiência em que foi convocado.
O secretário-geral do partido Movimento Por Venezuela, Simón Calzadilla, explicou que não entregou as atas porque são documentos para questionar os resultados do CNE, que ainda não foram disponibilizados por mesa.
O presidente Nicolás Maduro defendeu que as instituições do país devem resolver o impasse em torno das eleições presidenciais, aguardando a decisão do TSJ.
Fonte: @ Agencia Brasil
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