O grupo trocará empréstimo bancário mais caro por 3% mais barato, reforçando caixa da empresa e reduzindo custo de endividamento.
O Grupo Madero revelou ter adquirido um financiamento bancário de R$ 500 milhões para quitar a parcela mais onerosa de sua dívida e fortalecer o capital da organização. O empréstimo tem um período de cinco anos, com a primeira parcela de pagamento prevista para daqui a 18 meses. A empresa de restaurantes obteve os recursos a uma taxa de CDI+3,85%. A partir de abril do próximo ano, os juros serão diminuídos para CDI+2,75%.
Com essa estratégia, o Grupo Madero busca reduzir seu endividamento e melhorar sua situação financeira a longo prazo. A iniciativa de renegociar as condições de pagamento da dívida demonstra o comprometimento da empresa em garantir sua estabilidade econômica e sustentabilidade no mercado. A expectativa é que essa medida contribua significativamente para a saúde financeira do grupo no futuro.
Redução significativa do custo de endividamento, afirma CFO do Madero
É notável a redução expressiva, se comparada ao custo de endividamento que a empresa mantinha até o momento’, declarou Ariel Szwarc, CFO do Madero, em entrevista ao InfoMoney, o principal e mais abrangente ecossistema de comunicação especializado em mercados, investimentos e negócios do país.
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Do montante obtido por meio do empréstimo, R$ 420 milhões serão direcionados para quitar uma dívida existente, com taxa de CDI+6,5%.
Ao término do primeiro trimestre deste ano, aproximadamente metade da dívida bruta do grupo, totalizando R$ 980,7 milhões no período, apresentava esse perfil.
‘A redução imediata de cerca de 3% [no valor da dívida] implica em uma economia inicial de R$ 15 milhões por ano, o que não é insignificante. E quando a taxa atingir 2,75%, essa economia será ainda mais expressiva’, complementou Szwarc.
A parte restante do empréstimo, no valor de R$ 80 milhões, será destinada a fortalecer o caixa do grupo. ‘Nossa situação financeira é sólida e consideramos prudente reforçar continuamente a posição de caixa’, afirmou o CFO.
Ao final do primeiro trimestre de 2024, o Madero possuía R$ 261 milhões em caixa, um acréscimo de R$ 150 milhões em relação ao ano anterior. Os dados do segundo trimestre serão divulgados até o final deste mês.
Planos inalterados
O endividamento levou o Madero a reduzir o ritmo de sua expansão, e os executivos do grupo garantem que a postura mais conservadora adotada será mantida. ‘Com uma situação financeira substancialmente melhor e um custo de financiamento mais baixo no horizonte, poderemos gradualmente retomar a expansão aos níveis anteriores. No entanto, ainda é cedo para isso’, afirmou Szwarc.
Além do custo da dívida, o Madero também busca diminuir o investimento na abertura de novas unidades. Segundo Junior Durski, fundador do grupo, esse objetivo está sendo alcançado.
A unidade mais recente do Madero Container, inaugurada em 30 de junho, teve um custo de R$ 3,3 milhões, quase a metade do valor usualmente investido nesse tipo de restaurante pelo Madero. ‘Conseguimos reduzir em 40% o capex do Madero Stake House, que é nossa principal fonte de crescimento’, revelou Durski.
‘Trabalhamos de forma mais intensa nas negociações e substituímos materiais mais caros por alternativas mais acessíveis, porém de qualidade equivalente. Tínhamos equipamentos de cozinha em excesso’, explicou.
Fonte: @ Info Money
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