Congolês assassinado em quiosque; caso sem conclusão. Prêmio póstumo cobrado por homenagem estadual, pagamento atrasado.
Moíse Kabagambe foi honrado hoje com uma Medalha Tiradentes póstuma na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que é reconhecida como a mais alta distinção do estado. O congolês foi brutalmente agredido em um quiosque na capital fluminense em 2022. De acordo com a família, as agressões aconteceram após ele exigir um pagamento atrasado.
Após a trágica morte de Moïse Kabagambe, a comunidade congolês no Rio de Janeiro se uniu em solidariedade e em busca de justiça. A violência sofrida por Moíse chocou a todos e levantou questões importantes sobre segurança e respeito à diversidade. É crucial que casos como esse não se repitam, e que a memória de Moíse Kabagambe seja preservada como um símbolo de luta contra a intolerância e a violência.
Moíse Kabagambe; Recebe Homenagem Estadual Póstuma com Medalha Tiradentes
No evento de entrega da Medalha Tiradentes a Moïse Kabagambe post mortem, sua mãe, Lotsove Lolo Lay Ivone, expressou sua gratidão pela homenagem, destacando a importância de manter viva a memória de Moïse e pressionar pela conclusão do processo judicial. A cerimônia foi marcada por emoção e reflexão sobre a tragédia que culminou no assassinato dolosamente cometido contra Moïse.
A mãe de Moïse descreveu o peso que carrega em seu coração, revelando a dor que persiste desde a perda de seu filho. Lotsove Lolo Lavy Ivone enfatizou a beleza da medalha concedida a Moïse, simbolizando um tributo à sua vida interrompida precocemente. Maurice Magbo, irmão de Moïse, também compartilhou suas palavras, ressaltando a dificuldade de lidar com a ausência de Moïse e o impacto contínuo da tragédia em suas vidas.
A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania (CDDHC) da Alerj, deputada estadual Dani Monteiro (PSOL), presidiu a sessão solene, destacando a importância de acompanhar o processo judicial para garantir justiça aos responsáveis pelo homicídio de Moïse. A deputada enfatizou a brutalidade do ato cometido contra Moïse e a necessidade de responsabilização dos culpados.
A entrega da medalha a Moïse foi interpretada como uma homenagem não apenas à sua memória, mas também a toda uma comunidade de refugiados que enfrentam desafios e injustiças no Brasil. A mãe de Moïse, Dona Ivone, representou a esperança e a luta por uma vida melhor ao migrar para o Brasil, apenas para ser confrontada com a tragédia que ceifou a vida de seu filho.
Sob o tema ‘Migrar é um direito humano’, o evento coincidiu com o Dia Mundial dos Refugiados, celebrado em junho. Além da homenagem a Moïse, líderes e instituições dedicadas aos direitos dos refugiados foram reconhecidos com o Prêmio Marielle Franco, em um gesto de gratidão pelos serviços prestados na defesa dos direitos humanos. Entre os premiados estavam ONGs e ativistas engajados na proteção e acolhimento de refugiados, reafirmando o compromisso com a justiça e a solidariedade em meio às adversidades enfrentadas pela comunidade migrante.
Fonte: @ Agencia Brasil
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