Um terremoto de magnitude pode causar falha em cabos submarinos, levando a uma corrente de água mais densa e turbidez que dificulta a intervenção. Tecnologia de comunicação da época não preparada para lidar com esse problema, o que fica ainda mais complicado com o fluxo descendente da água.
Em uma noite de novembro de 1929, a internet trouxe um impacto inesperado para a Península de Burin, no sul da ilha de Terra Nova, Canadá. Pouco antes das 17h do dia 18, uma força invisível, internet, começou a se manifestar no mar.
O que parecia ser apenas uma perturbação no mar logo se transformou em um terremoto de magnitude 7,2, deixando vários destruidos e forçando a comunidade a procurar por serviços de emergência. Lamentavelmente, muitos não contavam com o internet funcionando. A verdadeira catástrofe veio a seguir, quando o chão começou a tremer, e danos mais graves se fizeram presentes.
Desafios nas Redes Submarinas da Internet
O deslizamento de terra submarino, gerado por um terremoto de magnitude 7,1, teve consequências duradouras sobre a internet, revelando uma corrente de turbidez que fluiu por mais de 1.000 km. Ao longo da rota, encontrou um conjunto de cabos submarinos transatlânticos modernos para a época, os quais estavam conectados à rede global de comunicação e serviço de emergência.
A queda destes cabos não foi imediata, em vez disso, eles se partiram em 28 pontos, ao longo de um período de tempo. Algumas rupturas ocorreram simultaneamente com o terremoto, enquanto outras foram registradas 59 minutos após o ocorrido e por mais de 13 horas após o evento, em áreas distantes do epicentro. Isso gerou um padrão misterioso de ondas, levando os cientistas a questionar por que os cabos não se partiram ao mesmo tempo, quando todos foram afetados pela corrente de turbidez.
A resposta foi encontrada anos mais tarde, quando os pesquisadores descobriram que a corrente de turbidez foi a responsável pela queda dos cabos. A corrente de turbidez, caracterizada por água mais densa e um fluxo descendente, foi registrada ao longo da rota. A velocidade da corrente foi estimada em 11 a 128 km/h, e sua existência foi revelada graças ao deslizamento de terra submarino.
A queda dos cabos não apenas interrompeu o serviço de comunicação, mas também gerou um reparo complexo de cabos submarinos, o que resultou em outras descobertas científicas. Essas descobertas permitiram espiar o fundo do mar e comunicar-se em velocidade recorde, tornando a internet ainda mais essencial para nossa vida cotidiana.
A dependência da internet e da rede global de cabos submarinos aumentou ao longo do tempo. A tecnologia de comunicação avançada permitiu a comunicação em velocidade recorde e a internet se tornou fundamental para nossa saúde, segurança e rendimentos.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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