Contrapõe ao governo defendendo vitória na votação de domingo, aborda questões como violência e medidas como extradição do presidente em rede social.
Embora tenha tido aprovação da maioria da população, com mais de 60% dos votos, em nove das 11 questões apresentadas pelo governo do presidente Daniel Noboa, a oposição Equador argumenta que o mandatário sofreu uma derrota nas duas questões cruciais: a reforma na legislação trabalhista e a inclusão da arbitragem internacional para lidar com disputas envolvendo empresas estrangeiras.
Os críticos do governo estão insatisfeitos com o resultado da votação, considerando que as medidas mais impactantes foram rejeitadas pela população equatoriana. Para os opositores, a recusa em implementar mudanças significativas na legislação trabalhista e na resolução de conflitos com empresas multinacionais representa um retrocesso para o país. Eles pretendem continuar pressionando por reformas que atendam aos interesses da população.
Oposição Equador levanta questões sobre mudanças propostas pelo governo
A posição dos opositores contrasta fortemente com a do governo equatoriano, que celebrou a vitória na votação do último domingo. O presidente expressou sua gratidão nas redes sociais pelo apoio do povo equatoriano às políticas de segurança e combate à corrupção. No entanto, as medidas propostas ainda precisam da aprovação do Parlamento para entrarem em vigor.
As medidas incluem questões como a extradição de equatorianos, limitação para redução de penas, e o fortalecimento das penalidades para crimes como terrorismo, assassinato e tráfico de drogas. Além disso, defendem que as Forças Armadas desempenhem um papel auxiliar no combate ao narcotráfico. Essas propostas surgiram em resposta à recente onda de violência que assolou o país em janeiro.
O partido Revolução Cidadã, principal legenda de oposição, argumentou que as mudanças propostas poderiam ser facilmente aprovadas pela Assembleia Nacional. Eles alegam que o verdadeiro objetivo do presidente era enfraquecer a legislação trabalhista e permitir que questões de interesse das empresas transnacionais fossem julgadas por fóruns internacionais.
O ex-presidente Rafael Correa, figura proeminente da oposição, afirmou em uma entrevista que as Forças Armadas já colaboram com a polícia no combate ao crime, e que as questões de segurança não deveriam ser prioritárias. Ele acusou o governo de utilizar essas questões como estratégia para obter popularidade, mas acabou sofrendo uma derrota significativa.
Critics Question Government’s Policies After Sunday’s Election Victory
With 65.5% of votes against and 34.5% in favor, the Ecuadorian people rejected recognizing international arbitration as a method for resolving investment, contractual, or commercial disputes. The second question, in which the ‘no’ vote prevailed with 69.6% against 30.4%, allowed fixed-term and hourly employment contracts, sparking concerns about potential weakening of labor rights.
Sociologist Irene León, director of the Foundation for Studies, Action, and Social Participation of Ecuador (Fedaeps), highlighted in an interview that the population’s rejection of international arbitration stemmed from an understanding that it may not be beneficial for the country. Critics argue that such arbitration processes primarily favor the interests of transnational corporations over national sovereignty or public welfare.
Fonte: @ Agencia Brasil
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