Luis Lomenha, criador da série da Netflix, explica como carros, letreiros luminosos e conceitos modernos contribuíram para a atemporalidade democrática do acesso à sua obra.
Na verdade, a minissérie Os Quatro da Candelária não se concentra apenas na chacina. Ela explora também a investigação subsequente e a justiça soprada nos criminosos envolvidos. Com uma narrativa complexa e cheia de reviravoltas, a série procura desvendar os mistérios por trás da trágica morte de oito jovens e crianças.
A chacina da Candelária foi um dos crimes mais chocantes da história do Brasil. Os assassinatos brutais de oito jovens e crianças, ocorridos em 23 de julho de 1993, deixaram a sociedade estupefata. A minissérie Os Quatro da Candelária busca não apenas narrar o fato, mas também explorar como essa tragédia afetou a vida de todos os envolvidos, incluindo as vítimas, suas famílias e a comunidade. Com um olhar profundo, a série questiona se a justiça foi realmente feita. A verdadeira justiça muitas vezes permanece uma questão aberta após assassinato e investigação, e a série não deixa de explorar essa possibilidade.
A Relevância da Chacina em um Contexto Atemporal
A série criada por Luis Lomenha busca desconstruir a visão do crime como uma ocorrência isolada, optando por explorar os sonhos interrompidos e a universalidade do tema da chacina. Nesse sentido, a utilização de elementos como a Pira Olímpica, carros, letreiros e luminosos, que não existiam há 30 anos, é uma estratégia consciente de criar uma atmosfera atemporal, enfatizando a ideia de que a chacina não é um evento histórico, mas sim uma realidade que pode ocorrer em qualquer época. A diretora Márcia Faria complementa essa abordagem, garantindo que a produção não se torne um simples ‘crime’, mas sim uma reflexão sobre a humanidade, ressaltando a importância da democratização do acesso a informações e a criação de um espaço para a reflexão e o debate sobre a violência.
Um Homem, Uma Missão: Luis Lomenha e a Busca pela Verdade
Aos 46 anos, Luis Lomenha é um dos nomes mais destacados no cenário do entretenimento brasileiro. Sua carreira, que começou aos 20 anos, foi marcada por trabalhos em filmes, documentários e séries, com destaque para a criação da produtora Jabuti Filmes e da instituição social Cinema Nosso. Com ‘Os Quatro da Candelária’, ele busca não apenas contar a história da chacina, mas sim questionar a sociedade sobre a continuidade da violência e da injustiça, criando uma série que não se limita a ser apenas um ‘crime’, mas uma reflexão sobre a condição humana. Além disso, ele ressalta a importância da arte como um meio de democratizar o acesso às informações e a criação de um espaço para a reflexão e o debate.
Da Atemporalidade à Chacina: Um Olhar sobre a Sociedade
A série busca destacar a ideia de que a chacina é um evento que transcende o tempo, sendo uma realidade que pode ocorrer em qualquer época. Para isso, Lomenha e Faria optam por uma abordagem inovadora, misturando elementos de diferentes épocas para criar uma atmosfera atemporal. Com isso, o espectador é convidado a refletir sobre a continuidade da violência e da injustiça na sociedade, questionando se realmente mudamos ao longo do tempo. O uso de elementos como carros modernos e letreiros luminosos não é apenas uma questão de estilo, mas sim uma estratégia para enfatizar a ideia de que a chacina é um tema que não se limita a um período específico da história.
Crime, Assassinato e a Busca pela Verdade: Um Percurso de Luis Lomenha
Com mais de 20 anos de carreira, Luis Lomenha já se estabeleceu como um dos principais nomes do entretenimento brasileiro. Sua jornada começou nos anos 90, quando ele começou a trabalhar em projetos de teatro e cinema. Com o tempo, ele se tornou o criador da série ‘Os Quatro da Candelária’, uma produção que busca contar a história da chacina de uma maneira inovadora. Ao longo de sua carreira, Lomenha já dirigiu documentários, filmes e séries, mostrando sua habilidade em abordar temas complexos de maneira criativa. Além disso, ele fundou a produtora Jabuti Filmes e a instituição social Cinema Nosso, uma escola popular de cinema que é considerada uma das maiores da América Latina.
Da Chacina à Atemporalidade: O Poder da Criatividade
A abordagem da série ‘Os Quatro da Candelária’ em relação à chacina é única e inovadora, utilizando elementos de diferentes épocas para criar uma atmosfera atemporal. Com isso, o espectador é convidado a refletir sobre a continuidade da violência e da injustiça na sociedade, questionando se realmente mudamos ao longo do tempo. A diretora Márcia Faria complementa essa abordagem, garantindo que a produção não se torne um simples ‘crime’, mas sim uma reflexão sobre a humanidade, ressaltando a importância da democratização do acesso a informações e a criação de um espaço para a reflexão e o debate sobre a violência. Ao final, a série busca criar um impacto duradouro no espectador, chamando a atenção para a necessidade de mudanças na sociedade.
Fonte: @ Terra
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