Negociações aquecem entre acionistas da Cobasi e Petz com aceleração nos últimos 15 dias, envolvendo memorando de entendimentos e ajustes de valor de mercado.
A fusão entre a Petz e a Cobasi foi oficializada por meio de um memorando de entendimentos não vinculante, conforme divulgado em um comunicado conjunto. Esse passo estratégico promete fortalecer a presença das duas empresas no mercado de pet shop, combinando suas expertises e recursos para potencializar o crescimento do setor. A expectativa é de uma fusão que traga benefícios mútuos e amplie a oferta de produtos e serviços para os clientes.
A nova parceria resultante da fusão da Petz e da Cobasi promete ser uma estratégica combinação de forças no mercado de varejo de produtos para animais de estimação. A união entre as empresas possibilitará a criação de sinergias que impulsionarão a inovação e a competitividade, gerando valor tanto para os acionistas quanto para os consumidores. Este movimento de junção sinaliza uma nova fase emocionante para o setor de pet shop, com promessas de novidades e melhorias significativas no portfólio de produtos e nas experiências oferecidas aos clientes.
Fusão entre Petz e Cobasi: Detalhes da União de Gigantes
A fusão entre Petz e Cobasi está movimentando o mercado financeiro, com um acordo que prevê a divisão de 50% para cada companhia. Os acionistas da Cobasi, fundada pela família Nassar, concordaram em pagar R$ 450 milhões aos acionistas da Petz, sujeitos a ajustes. Esse valor representa pouco mais do dobro do fechamento do papel da Petz ontem, a R$ 3,50.
Os cálculos do mercado já apontavam a Petz como ligeiramente mais valiosa do que a Cobasi, o que demandaria um ajuste entre as partes. O Ebitda ajustado anual da Petz é 35% maior que o da Cobasi, com a Petz atingindo R$ 267 milhões em 2023, em comparação com os R$ 197 milhões da Cobasi. Além disso, a Cobasi registrou uma dívida líquida de R$ 232 milhões no ano passado, enquanto a Petz encerrou com caixa líquido de R$ 23 milhões.
A operação implica em um múltiplo de EV/Ebitda implícito da Petz de 12,4 vezes, um indicador que expressa a relação entre o valor da empresa e seu lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação. Para 2024, analistas estimam esse índice entre 4,8 e 5,2 vezes.
O memorando de entendimentos não vinculante estabelece as bases para a governança da sociedade combinada, incluindo a assinatura de um acordo de acionistas entre Sergio Zimerman, acionista de referência da Petz, e os acionistas controladores da Cobasi. Houve tentativas anteriores de aproximação entre os acionistas das duas companhias nos últimos anos, com desafios para definir um valuation justo.
A sinergia entre as redes é apontada como um dos principais benefícios da fusão. Com 22% das lojas da Petz em um raio de um quilômetro da Cobasi e 60% a três quilômetros, a redução da competição entre as marcas promete otimizar os investimentos e despesas operacionais. A proximidade geográfica das lojas resulta em uma divisão de ganhos que prejudica ambas as empresas, especialmente em regiões mais prósperas.
A expectativa é que a fusão traga vantagens significativas para ambas as companhias, eliminando a redundância de operações e maximizando o potencial do mercado pet.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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