Estudo identificou Júpiteres quentes com órbitas espirais mortas, causados pela força de maré e magnetismo estelar. Transferência de ondas de maré dissipou energia orbital, alterou campo magnético estelar. (Júpiteres quentes, órbitas, espirais mortas, força de maré, magnetismo estelar, transferência, ondas de maré, dissipação, energia, orbital, campo, magnético estelar)
Alguns planetas possuem órbitas que estão se encaminhando diretamente para suas estrelas. Recentemente, um grupo de pesquisadores acredita ter desvendado o motivo pelo qual alguns mundos estão nesta espiral mortal. Um estudo recente sugere que o fenômeno de estrelas devorando um dos seus planetas é mais frequente do que se pensava, acredita-se que 1 a cada 12 já tenha experimentado isso, porém, até então não sabíamos a razão desse acontecimento.
Em meio ao vasto universo, a dinâmica entre planetas e estrelas muitas vezes é um mistério. É interessante notar que, apesar de todo o conhecimento adquirido, nenhum outro fenômeno intrigante da interação entre planetas e estrelas foi tão revelador como esse. A complexidade desses planetas em suas jornadas celestes realmente nos mostra o quão incrível e diverso é nosso universo.
Explorando os mistérios das órbitas espirais dos planetas;
No estudo recente divulgado no The Astrophysical Journal Letters, um grupo de cientistas de diferentes partes do globo apresentou uma hipótese sobre por que alguns planetas estão caminhando inexoravelmente em direção às suas estrelas-mãe. A investigação se debruçou sobre um planeta do tipo ‘Júpiter quente’ chamado WASP-12b, que gira em torno de uma estrela parecida com o Sol. Os cientistas detectaram que a trajetória em espiral fatal desse planeta é desencadeada pela transferência de poderosas ondas de maré. No entanto, um fator adicional crucial nesse processo é a dissipação da energia orbital, que é provocada pelo campo magnético estelar.
Ao longo do estudo, a equipe concentrou-se em analisar os aspectos orbitais dos planetas conhecidos como ‘Júpiteres quentes’, corpos celestes gigantes que se encontram em proximidade extrema de suas estrelas hospedeiras, resultando em temperaturas elevadíssimas e órbitas que se completam em questão de apenas alguns dias ou horas terrestres. Um dado curioso é que estima-se que daqui a aproximadamente 3 bilhões de anos, o WASP-12b poderá entrar em colisão com sua estrela, uma anã amarela similar ao Sol.
Durante a pesquisa, foi observado que o campo magnético da estrela contribui significativamente para a dissolução da energia gravitacional, acelerando o processo de deterioração da órbita do planeta. Em sistemas compostos por Júpiteres quentes e estrelas, as vigorosas ondas de maré promovem a transferência de energia orbital do planeta para dentro da estrela, resultando na aproximação progressiva do planeta em relação à estrela-mãe.
Entretanto, os cientistas constataram que há mais um componente atuando no WASP-12b: o campo magnético estelar parece desempenhar um papel crucial na dissipação da energia orbital. Os Júpiteres quentes, devido à sua proximidade com as estrelas, apresentam uma dinâmica orbital peculiar, com órbitas extremamente compactas, o que os torna vulneráveis a esse tipo de efeito.
A interação entre as ondas de maré e o campo magnético estelar resulta na conversão das primeiras em ondas magnéticas, que são emitidas para o exterior da estrela, culminando na dissipação gradual da energia orbital. Esse mecanismo intrincado tem início em uma fase específica da vida da estrela e, até o momento, o WASP-12b é o único exemplo conhecido de planeta imerso nessa espiral mortal.
As descobertas alcançadas por essa pesquisa permitem aos cientistas antecipar o início desse processo em outros planetas, constituindo uma ferramenta valiosa para guiar observações astronômicas futuras que buscam documentar a evolução das órbitas planetárias. A contribuição desses achados é crucial para a compreensão mais aprofundada dos intricados mecanismos que regem a dinâmica orbital dos planetas, especialmente dos Júpiteres quentes e seu destino frente às forças gravitacionais e magnéticas das estrelas.
Fonte: @Olhar Digital
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