Tele divulgou o plano de recuperação judicial com novo financiamento e garantias de empréstimo, incluindo pacote de garantias e venda de ativos.
A recuperação é um processo crucial para empresas que enfrentam dificuldades financeiras significativas. A recuperação judicial pode ser um caminho viável para reorganizar as finanças e seguir em frente. Na Oi, por exemplo, os credores aprovaram um plano de recuperação, demonstrando a disposição de buscar soluções para a dívida bilionária da companhia.
Quando uma empresa enfrenta desafios financeiros, é fundamental desenvolver um sólido plano de reestruturação para garantir sua sustentabilidade a longo prazo. A reestruturação empresarial pode envolver medidas como corte de custos, renegociação de dívidas e otimização de processos internos. Com um eficiente plano de reestruturação, é possível recuperar a saúde financeira da empresa e retomar o crescimento de forma sustentável.
Planejando a Recuperação: Detalhes da Reestruturação Financeira da Oi
Após quase 14 horas de assembleia de credores, o plano de recuperação da Oi foi aprovado. A maratona de negociações teve início na quinta-feira, 18, estendendo-se até a madrugada de sexta, 19, em um hotel na zona oeste do Rio de Janeiro. A tele apresentou uma versão atualizada do plano de recuperação, acompanhada de 32 documentos anexos para respaldar o processo, durante o evento.
Durante as pausas para análise dos dados pelos credores, um novo financiamento de até US$ 655 milhões foi acordado, sendo que os credores financeiros contribuirão com US$ 505 milhões e a empresa de infraestrutura de telecomunicações V.tal, controlada pelo BTG Pactual, com US$ 100 a US$ 150 milhões. Esses recursos serão disponibilizados até 15 de julho, com o pagamento previsto para 2027.
Em um movimento para sustentar suas operações, a Oi comprometeu-se a adiantar uma parcela desses recursos por meio de um empréstimo-ponte de US$ 135,8 milhões, mediante a apresentação de um amplo pacote de garantias. Incluem-se nesse pacote a participação minoritária na V.tal, o negócio de banda larga Oi Fibra, recursos provenientes de arbitragem contra a Anatel, imóveis selecionados e equipamentos operacionais.
Além disso, o plano aprovado visa reduzir a dívida financeira da Oi em aproximadamente 70%, por meio de descontos e parcelamentos de saldos devedores a longo prazo, com a possibilidade de conversão de parte da dívida em capital social. Essas medidas resultarão na diluição dos acionistas atuais em 80%.
Uma estratégia crucial do plano é a venda de ativos no valor de mais de R$ 15 bilhões para quitar parte das dívidas. Entre os ativos disponíveis para negociação estão a Oi Fibra, a participação na V.tal e diversos imóveis. A empresa já se desfez de negócios anteriores, como internet móvel, infraestrutura de fibra ótica, imóveis e torres. Após essa nova rodada de liquidação, a Oi focará essencialmente na divisão de internet e TI para empresas (Oi Soluções), bem como nas subsidiárias de call center e serviços de manutenção em campo.
A venda da Oi Fibra é a etapa mais avançada, com propostas em andamento. O objetivo é angariar R$ 7,3 bilhões com esse ativo, tendo flexibilidade para aceitar propostas menores ou até mesmo ativos como modalidade de pagamento.
Apesar do plano desenhado pela Oi não ter sido unânime entre os credores, recebeu apoio significativo de credores financeiros e fornecedores, marcando um passo importante para a recuperação da empresa.
Fonte: © CNN Brasil
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