Polícia Civil de PE realiza busca durante Operação Hooligans. Dois presos confirmados. Investigação sobre Associação Criminosa de torcida organizada.
Após o ataque ao ônibus do Fortaleza, no Recife, a população local permaneceu em estado de alerta. Todos se perguntavam quem estaria por trás deste ato de violência inaceitável. No entanto, a comunidade pode agora respirar mais aliviada, uma vez que a Polícia Civil anunciou a prisão de sete suspeitos envolvidos no ataque.
A investigação mostrou que os atacantes faziam parte de um grupo conhecido por promover ações violentas em eventos esportivos. A captura destes elementos representa um avanço significativo na garantia da segurança da região, mas a polícia alerta que ainda há muito a ser feito para prevenir futuros ataques.
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Ataque incriminator, prisões guardadas a sete chaves
O Ge assegurou ao menos duas detenções efetuadas. A informação referente à operação foi divulgada pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE), que se comprometeu a liberar mais informações ‘no devido momento’. Oficialmente, as prisões não foram confirmadas, mas imagens obtidas pela equipe de reportagem já mostram os suspeitos sendo conduzidos à delegacia.
Um dos suspeitos, inclusive, está vestido com uma camiseta da Torcida Jovem do Sport, associação organizada suspeita do ataque. Os mandados de prisão foram emitidos pela Segunda Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Jaboatão dos Guararapes.
Cenário da investigação em curso
A investigação teve início em fevereiro de 2024, visando identificar e desmantelar Associação Criminosa dedicada à prática de tentativa de homicídio, incitação de tumulto e vandalismo, conforme comunicado oficial. Para a execução dos mandados, estão sendo mobilizados 60 policiais civis, incluindo delegados, agentes e escrivães.
A operação está a cargo do Comando de Operações e Recursos Especiais (CORE), com supervisão dos delegados Raul Junges e Paulo Moraes, ambos da Delegacia de Polícia de Repressão à Intolerância Esportiva.
Episódio de atentado
O evento ocorreu em 22 de fevereiro, por volta das 2h21 (conforme relatado no Boletim de Ocorrência registrado pelo Fortaleza), após a partida entre Sport e o Tricolor, na Arena de Pernambuco. Na ocasião, o ônibus com a equipe cearense foi alvo de um ataque a oito quilômetros do estádio, sendo emboscado e resultando em seis jogadores do Leão do Pici feridos.
Testemunhas afirmaram que cerca de 80 a 100 pessoas participaram do ataque, arremessando bombas e pedras, sendo descritos por testemunhas como indivíduos ‘vestidos de amarelo’, de acordo com o relato do CEO do Leão do Pici, Marcelo Paz. A cor amarela é característica da principal torcida organizada do Sport. Os jogadores feridos do time tricolor foram levados a um hospital em Recife.
Entre os casos mais sérios estavam o do goleiro João Ricardo, que precisou levar seis pontos na cabeça, e do lateral-esquerdo Escobar, com um trauma cranioencefálico. Todos os atletas se recuperaram fisicamente.
Punição ao Sport no STJD
O Sport, equipe mandante no confronto pela Copa do Nordeste que trouxe o Fortaleza ao Recife, foi sancionado em primeira instância pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com oito partidas de portões fechados devido ao incidente. O clube pernambucano também será privado da carga de ingressos como visitante durante o período da punição, que inclui os oito jogos como mandante. O clube pretende apelar da decisão.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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