Qualificação focada em urgências obstétricas e neonatais: diagnóstico, tratamento e triagem para assistência nutricional e emergências obstétricas.
Os profissionais de saúde que trabalham na Terra Indígena Yanomami estão passando por treinamentos para aprimorarem suas habilidades no cuidado saúde da comunidade. Durante os cursos de 10 dias, eles aprendem a lidar com urgências obstétricas e neonatais, a diagnosticar e tratar a malária de forma mais eficaz, e a aprimorar a avaliação nutricional dos habitantes locais, visando sempre a promoção da saúde.
Além disso, essas capacitações visam também promover o bem-estar geral da população atendida, garantindo que não apenas a saúde física, mas também a mental e emocional sejam levadas em consideração. É fundamental que os profissionais estejam preparados para oferecer um atendimento completo, que leve em conta todos os aspectos do bem-estar dos indígenas da região.
Saúde e bem-estar: Capacitação em assistência às urgências obstétricas
O Ministério da Saúde divulgou que a capacitação visa aprimorar a assistência às urgências e emergências obstétricas, neonatais e infantis na atenção primária. Um total de 70 profissionais, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que trabalham no território yanomami, na maternidade da Casa de Saúde Indígena (Casai) e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), estão passando por treinamento. A formação tem como objetivo principal prevenir a mortalidade materna relacionada a hemorragias pós-parto, infecções puerperais/sepse e eclâmpsia. A estratégia de capacitação abrange emergências obstétricas, cuidados no momento do parto, reanimação e transporte neonatal, além da qualificação para a Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância, conforme ressaltado pela pasta responsável.
Saúde e bem-estar: Reciclagem em diagnóstico e tratamento da malária
Além disso, o ministério está promovendo um segundo treinamento, também realizado na Terra Indígena Yanomami, com foco na reciclagem dos profissionais de saúde para a prevenção, diagnóstico e tratamento da malária. Durante o curso, são revisadas práticas como abordagem do ciclo da doença, sintomas, diagnóstico por meio de exame clínico, realização de teste rápido e coleta de lâminas. No contexto da formação, os profissionais de saúde terão a oportunidade de interagir com lideranças indígenas e médicos tradicionais, visando a troca de conhecimentos sobre os cuidados e a reação dos povos indígenas diante da doença. Questões como interrupção e abandono do tratamento, administração de medicamentos e peculiaridades do povo yanomami também são abordadas, juntamente com práticas de educação em saúde, como controle ambiental, notificação e registro de casos.
Saúde e bem-estar: Triagem nutricional e prevenção da desnutrição
Adicionalmente, a triagem e a prevenção da desnutrição são o foco de aulas específicas destinadas aos agentes de saúde. O objetivo é fortalecer práticas como a identificação dos fatores determinantes da desnutrição. O curso destaca a importância de atenção às ações de assistência, como medição de temperatura e altura, pesagem e realização do teste de perímetro braquial. Dados da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) revelam que o povo yanomami ocupa a maior terra indígena do Brasil, com 10 milhões de hectares, mais de 380 comunidades e cerca de 30 mil indígenas.
Fonte: @ Agencia Brasil
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