Rafael Traci confronta John Textor em ação por danos morais e pede indenização de R$ 100 mil entre Botafogo e redes sociais.
O árbitro Rafael Traci, acusado por John Textor de manipulação no confronto entre Botafogo e Palmeiras no Brasileirão de 2023, se manifestou após entrar com ação contra o dono da SAF do clube carioca e requerer indenização de R$ 100 mil por danos morais. Em declaração à ESPN, Traci, que esteve no comando do VAR naquela partida, afirmou que as alegações do dirigente ‘carecem de qualquer embasamento’. ‘Ele está buscando difamar a minha reputação e integridade’, disse.
O árbitro também ressaltou que sempre seguiu os protocolos e regras estabelecidas para a arbitragem, reafirmando sua conduta ética e profissional. Traci enfatizou que a acusação feita por Textor é infundada e que confia na justiça para esclarecer os fatos. Além disso, o juiz mencionou que continuará exercendo suas funções com imparcialidade e dedicação, independentemente das tentativas de difamação que enfrenta.
Árbitro em Destaque: Ação contra o Dono do Botafogo
‘Fui em busca dos meus direitos’, afirmou o profissional, ressaltando que em nenhum momento foi procurado pelo torcedor do Botafogo. A ESPN teve acesso ao processo movido por Traci. Além da indenização financeira, ele solicita que Textor remova duas postagens feitas nas redes sociais que acusam o árbitro de manipulação no confronto e que o norte-americano não mencione seu nome.
Os questionamentos de Textor, que tem levantado suspeitas sobre uma possível manipulação no futebol brasileiro, giram em torno da interferência do VAR no lance de expulsão de Adryelson na 31ª rodada do último Campeonato Brasileiro. Na ocasião, o Botafogo estava vencendo o Palmeiras por 3 a 1 e o zagueiro cometeu falta em Breno Lopes.
O árbitro Braulio da Silva Machado exibiu o cartão amarelo e foi chamado pelo VAR para revisar o lance. Após a revisão, expulsou o jogador do Botafogo. O time carioca acabou perdendo por 4 a 3, de virada. Textor utilizou as redes sociais para ilustrar como a suposta interferência teria ocorrido. ‘Uma pergunta persiste para o Sr. Traci: por que a apresentação do vídeo foi manipulada para criar a falsa impressão de posse e controle; e por que o melhor ângulo não foi compartilhado com o árbitro de campo?’, questionou em uma das postagens.
Na ação aberta por Traci, o advogado do árbitro declarou: ‘Quanto aos vídeos publicados nas redes sociais do réu (John Textor), este alega diretamente que houve manipulação por parte do autor na análise da jogada que resultou na expulsão do jogador do Botafogo, alegando que a escolha da imagem feita pelo autor não refletiu a realidade, não sendo uma jogada passível de expulsão.’
‘Considerando a repercussão do caso e a influência das mídias do réu, que contam com mais de duzentos mil seguidores, bem como por se tratar do dono de um dos maiores clubes de futebol profissional do país, sendo um empresário reconhecido internacionalmente, tais acusações tiveram grande impacto na imprensa’, continuou.
‘É importante ressaltar que em nenhum momento foi comprovada qualquer irregularidade na atuação do árbitro junto ao VAR. Não houve omissão, visto que o árbitro não possui histórico de representação disciplinar por sua atuação ou qualquer condenação’, concluiu o advogado.
Fonte: @ ESPN
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