Ricos investidores deslocam ações para multimercados, Ibovespa: queda amarga. Preocupação Selic ritmo: cortes preferidos. Parcimônia: renda fixa soberana, alocação carteira. Multimercados ganham lugar em portfólio ricos.
No mês de abril, observamos uma nova queda do Ibovespa e uma crescente preocupação com o futuro da economia. Os ricos investidores estão atentos às movimentações do mercado, buscando maneiras de se protegerem em meio à instabilidade financeira.
Com a diminuição do ritmo de cortes da Selic pelo Banco Central no início de maio, a bolsa de valores reagiu de forma imprevisível, causando apreensão entre os ricos que buscam lucrar com suas aplicações. A volatilidade do mercado financeiro tem sido um desafio para os investidores, que precisam estar preparados para lidar com as oscilações do Ibovespa.
Preferência dos Ricos por Investimentos Conservadores
Com a queda da bolsa em abril, a preocupação dos investidores ricos aumentou. A alocação em ações diminuiu, passando de 10,19% para 9,46% do portfólio. A queda reflete a cautela dos investidores diante do cenário econômico incerto.
A parcela da carteira dos ricos exposta a ativos de risco, como criptomoedas, também diminuiu, saindo de 5,99% para 4,72%. Em contrapartida, os fundos multimercado ganharam espaço, representando agora 36,71% da carteira.
Os fundos multimercado são uma opção atrativa para os investidores, pois oferecem uma diversificação de ativos, mesclando papéis mais arriscados com ativos conservadores, como títulos públicos. Essa estratégia permite aos ricos se exporem ao risco com parcimônia.
Enquanto isso, a renda fixa continua sendo a preferência dos investidores mais abastados, representando 40,54% de seus portfólios. Mesmo com a queda da Selic, a perspectiva de cortes mais moderados na taxa básica de juros mantém a atratividade desses ativos.
A exposição dos ricos aos fundos imobiliários e ativos de previdência permanece estável. Os FIIs representam 2,01% da carteira, enquanto a previdência corresponde a 6,56%. Esses investimentos são vistos como mais seguros e estáveis em momentos de volatilidade no mercado.
No que diz respeito às ações preferidas, os investidores de alta renda continuam optando por setores conservadores, como o financeiro e as prestadoras de serviços. Empresas como Eletrobras, CPFL Energia e Copel são as favoritas no segmento de utilities, devido à demanda constante por seus serviços essenciais.
Em tempos de incerteza, os investidores ricos preferem manter uma postura mais conservadora em suas carteiras, priorizando ativos seguros e diversificados. Essa estratégia reflete a busca por estabilidade e proteção do patrimônio em meio à volatilidade do mercado.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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