Shopper busca ampliar divulgação com gestora de marketing, em formato de media for equity. Acordo costurado para atender demanda reprimida.
Em meio a um cenário de retomada econômica, o ‘mercado’ tem se mostrado cada vez mais propício para investimentos. Empresas de diversos setores estão buscando oportunidades para expandir suas operações e conquistar novos clientes. A Shopper, por exemplo, está em busca de mais investimentos para aumentar sua presença no mercado e alavancar suas estratégias de marketing.
Com a retomada das atividades econômicas, o ‘mercado’ de feiras e eventos também está aquecido. A Shopper se destaca no setor de entregas de supermercado, buscando se diferenciar da concorrência e conquistar uma fatia ainda maior do mercado. Investir em mídia é essencial para se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.
4Equity: Intermediando acordos no mercado de mídia para startups
O negócio está sendo feito em conjunto com a 4Equity, gestora especializada neste tipo de transação e que faz a intermediação entre startups e empresas de mídia. Ao todo, a 4Equity já movimentou mais de R$ 100 milhões em acordos costurados com startups como Daki, QuintoAndar, Justos, entre outras.
Essa captação diz menos sobre o valor e mais sobre o know-how que a 4Equity vai agregar na nossa operação’, diz Fábio Rodas, cofundador e CEO da Shopper, em entrevista exclusiva ao NeoFeed.
O nosso investimento em mídia é maior do que esse aporte em si, mas a 4Equity vai auxiliar o marketing como um todo.’ Neste tipo de operação, os sócios da empresa investida cedem uma participação minoritária do negócio em troca de exposição midiática da marca.
Mercado em crescimento e demanda reprimida para investimentos
No começo havia uma demanda mais reprimida para este tipo de investimento, mas o mercado está mais maduro’, afirma Renato Mendes, cofundador da 4Equity. O plano de marketing está sendo construído a quatro mãos. Mendes afirma que o projeto envolve a divulgação da marca em ‘um amplo leque de canais’, que inclui mídia programática, televisão, influenciadores e publicidade ‘out of home’.
O investimento em mídia deve ajudar a Shopper a alavancar sua operação nos próximos anos. Fundada em 2015 por Rodas e Bruna Vaz, a companhia tem mais de 1 milhão de clientes cadastrados e opera exclusivamente no estado de São Paulo, em mais de 120 cidades e com 12 mil itens à disposição.
Expansão e novos centros de distribuição impulsionados pelo mercado
A expectativa é aumentar a base de cadastros entre 25% e 30% neste ano e fazer com que os atuais clientes passem a consumir mais dentro da plataforma. Rodas estima que a receita do grupo deve aumentar em torno de 50% em 2024, mas não revela quanto faturou no ano passado. A expansão da operação envolve a abertura de um terceiro centro de distribuição no ano que vem.
A expectativa é de que a nova instalação também fique em São Paulo. ‘Ainda estamos discutindo a ida para outros estados, porque isso aumenta a complexidade do negócio’, afirma Rodas.
Parcerias estratégicas e mercado de investimentos em ascensão
Uma nova captação está sendo estudada, mas a previsão é de que esse plano só ganhe tração em meados de 2025. Em sua última rodada, em dezembro de 2021, a Shopper levantou R$ 170 milhões em um investimento liderado pelo GIC, fundo soberano de Cingapura.
Outros investidores do negócio são gestoras e empresas como FJ Labs, Minerva Foods, Quartz, do empresário José Galló, e Ariel Lambrecht, um dos fundadores da 99.
Competição no mercado de entregas e preferência do consumidor
Em relação à competição, a Shopper briga de frente contra aplicativos como Daki e Justo, que operam com a entrega de compras de supermercado; e plataformas como Uber, iFood, Magazine Luiza e Rappi, que também incorporaram este segmento em seus negócios. O maior rival, contudo, está fora do celular. ‘A gente não foca na ‘ultraconveniência’, mas nas compras grandes.
Nós já fizemos algumas pesquisas com clientes e ex-clientes e percebemos que há uma preferência pelas compras nas lojas físicas, de grandes redes.’ O desafio é mudar a cultura do consumidor em relação às compras, principalmente de perecíveis como frutas e verduras.
Fonte: @ NEO FEED
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