Segundo CEO e CIO da Verde Ativo, Orçamento 2025 de governo aponta falta de compromisso com contas públicas. Preocupações com piora fiscal: arcabouço, fiscal, indicação, revisar, posição, estrategia investimentos, jogo mudança, novo despesas, ampliação, reajuste salário mínimo obrigatório, reforma Previdência, pessimismo contrasta.
Luis Stuhlberger tentou confiar no governo de Lula da Silva, frente a indícios de controle das contas públicas, com Fernando Haddad à frente do Ministério da Fazenda. A aprovação do quadro fiscal apontava nessa direção.
No entanto, as expectativas no cenário financeiro mudaram rapidamente, levando a uma reavaliação necessária do planejamento orçamentário. A estabilidade fiscal inicialmente prevista precisou ser reavaliada.
CEO e CIO da Verde Asset Management revisam estratégia fiscal
No entanto, a divulgação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) 2025, em meados de abril, com o abandono da expectativa de ter superávit fiscal e com aumento de despesas, fizeram com que o CEO e CIO da Verde Asset Management revissem sua posição, bem como a estratégia de investimentos. O mercado acreditou, e eu me arrependo por ter acreditado, que o PT poderia minimamente ter alguma seriedade fiscal para valer, expressou Stuhlberger em um evento recente. Mas o PLDO de 2025 representou, em minha opinião, um game changer significativo em relação ao que esperar desse governo em termos fiscais.
O tema fiscal, que ele supunha que fosse apenas ruído, de repente se transformou em um sinal, especialmente diante das previsões de que o governo não deve controlar as despesas com a proximidade dos ciclos eleitorais. O PLDO de 2025 introduziu uma série de novas despesas e ampliações de outras, como o aumento do público do Bolsa Família e do reajuste do salário mínimo acima da inflação, além do Pé de Meia, programa de incentivo financeiro para alunos do Ensino Médio em escolas públicas.
Stuhlberger destaca que, apesar das medidas tomadas para aumentar as receitas, compensando metade das despesas, a situação continua desafiadora, especialmente levando em consideração as despesas obrigatórias. Mesmo com a reforma da Previdência, o número de pessoas entrando no sistema está aumentando de 3,5% a 4% ao ano, com o BPC [Benefício de Prestação Continuada] crescendo 11% ao ano nos últimos dois anos, o que, por ser uma despesa obrigatória, aumenta o gasto total, sem espaço para arrecadar mais no governo.
O pessimismo de Stuhlberger em relação à situação fiscal se destaca em contraste com os elogios dados a outros aspectos da economia. Embora o país apresente uma significativa desinflação, queda na taxa Selic, bom perfil nas contas externas e indicativos de aumento do PIB potencial devido às reformas implementadas desde o governo Temer, as perspectivas de crescimento são afetadas pela piora do cenário fiscal.
Mesmo com o Federal Reserve mostrando cautela em relação aos cortes de juros, a equipe econômica da Verde estima que o afrouxamento monetário virá, embora sem arriscar uma data precisa. A expectativa de desvalorização do dólar pode criar condições favoráveis para o crescimento econômico, como visto em movimentos anteriores, acreditando Daniel Leichsenring, economista-chefe da Verde Asset. Se a situação fiscal estivesse equilibrada, o crescimento poderia ser ainda mais promissor, sinalizando que o Brasil se beneficia do cenário de corte de juros, mas está gastando acima do recomendável. A inclinação pró-gasto acaba tornando o país mais vulnerável, conforme relato do economista-chefe da Verde Asset.
Fonte: @ NEO FEED
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