União Barbarense, em dívida, vende imóvel por 30%, tema demolição. Fans buscam tombamento: Estádio, 13 de maio, interior SP. Antônio Lins Ribeiro, Guimarães. Avaliado, credores, Justiça do Trabalho negou recursos. TST, tribunais, tombamento, oitava turma, agravo, STF, desocupação. Fundado, membro-fundador, Torcida Uniformizada Sangue. Estádio construído e inaugurado, batizado por Antônio Lins Ribeiro.
O time amador União Barbarense deu início à sua jornada futebolística há quase uma década, quando realizou sua estreia no estádio próprio. No terreno erguido na avenida 7 de setembro, em Santa Bárbara d’Oeste, interior de São Paulo, conquistou uma vitória em um amistoso contra o Concórdia, de Campinas, por 2 a 0. Naquela tarde, somente os espectadores presentes nas arquibancadas presenciaram o desenrolar da partida envolvendo o União Barbarense.
Enquanto nenhum torcedor esperava tal desfecho, o União Barbarense demonstrou sua força e determinação em campo, garantindo um resultado surpreendente. A atmosfera ao redor do estádio refletia a emoção de presenciar um time em ascensão, provando que, mesmo com poucos anos de existência, o União Barbarense já deixava sua marca no cenário esportivo local.
União Barbarense: Uma História de Lutas e Conquistas
Não havia uma única emissora irradiando a partida. Afinal, não existiam emissoras – a primeira transmissão de rádio no país só seria feita um ano depois, em 1922, em comemoração ao centenário da Independência do Brasil. Jogou pela primeira vez em 22 de maio de 1921, o estádio que depois seria batizado como Antônio Lins Ribeiro Guimarães, o presidente do clube na época, se aproxima dos 103 anos sob risco de ser demolido. Foi ali que a equipe criada no início do século passado ergueu a taça da Série C de 2004, seu maior título. Asfixiado por dívidas, porém, o União Barbarense teve seu maior patrimônio vendido a mando da Justiça do Trabalho por R$ 11 milhões, menos de um terço do valor pelo qual ele foi avaliado. Esse dinheiro é insuficiente para pagar os credores que processaram o clube na ação que determinou o leilão. Nenhum; Mais especiais do ge: Nenhum; Ex-Palmeiras se livra do álcool: ‘Não soube lidar com o sucesso’; Milton Neves diz que abriu mão da fortuna e leva golpe milionário; Goleiro banido por envolvimento com apostas vira motorista; ‘Não está à venda’: como o Juventus tenta manter futebol raiz. Em abril, o TST (Tribunal Superior do Trabalho) negou mais um recurso que tenta anular a negociação da área do estádio. Pela primeira vez, sem sucesso na corte de Brasília, o clube vê agora a Justiça como um caminho estreito para salvar o estádio. Em ano de eleições municipais, acompanha, de forma marginal, a política tomar a pauta em busca de votos na cidade de 183 mil habitantes, a 148 quilômetros de São Paulo. Políticos locais se engajaram e fazem promessas numa campanha iniciada por torcedores pelo tombamento do imóvel – algo que já foi negado pelo órgão que cuida do patrimônio histórico da cidade duas vezes. Sem sucesso nos tribunais. Na última semana de abril, a oitava turma do TST rejeitou por unanimidade um agravo do clube, que busca anular o edital que levou o estádio a leilão. Há ainda a possibilidade de novos recursos que podem colocar a discussão no STF (Supremo Tribunal Federal). Essa batalha nos tribunais se estende por anos, mas agora resta pouca esperança de uma solução jurídica. União Barbarense; – Qual é a realidade? É esperar a Justiça negar o nosso recurso, que o oficial de Justiça venha até a nossa secretaria e faça o comunicado da desocupação de todas as dependências do União Barbarense. Nós vamos colocar os nossos troféus numas caixas, arrumar algum lugar da cidade para guardar. E entregar a chave, porque nem a chave vai nos pertencer – emocionou-se Carlos Dalberto, o ‘Festa’, 60 anos, quase 40 deles como membro-fundador da TUSB (Torcida Uniformizada Sangue Barbarense). O União Barbarense foi fundado em 1914 e, seis anos depois, fundiu-se com o 7 de Setembro, equipe ligada à Companhia de Estrada de Ferro e Agrícola de Santa Bárbara. Foi a empresa, um marco no desenvolvimento da cidade, quem cedeu à agremiação uma área de cerca de 60 mil metros quadrados para a construção de um estádio em 1920 – como forma de gratidão, o clube adicionou o termo ‘agrícola’ ao seu nome, o União Agrícola. União Barbarense;
Fonte: © GE – Globo Esportes
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