Além dos 521 municípios iniciais, 165 cidades também serão vacinadas devido à alta transmissão e predominância do sorotipo 2. Uso do critério para distribuição será essencial.
Na cidade de São Paulo, a campanha de vacinação contra a dengue está sendo realizada com sucesso, alcançando um grande número de pessoas. A população tem respondido positivamente, comparecendo aos postos de vacinação e contribuindo para a prevenção da doença.
A imunização em massa é fundamental para evitar surtos de doenças como a dengue, protegendo não apenas os indivíduos vacinados, mas também toda a comunidade. Portanto, é importante que todos compreendam a importância da imunização e se conscientizem sobre a necessidade de se vacinar regularmente.
Vacinação
Outros critérios levados em consideração na escolha para a ampliação da vacinação são critério para distribuição e imunização em massa (com população maior ou igual a 100 mil habitantes), de acordo com a alta transmissão de dengue nos últimos dez anos e a predominância do sorotipo 2 do vírus. A recomendação do Ministério da Saúde foi publicada em nota técnica na última quinta-feira (28).
Decisão do Ministério
A informação contradiz o que havia sido mencionado pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante entrevista coletiva no último dia 20 de março.
A ministra havia mencionado que a redistribuição das doses não aplicadas seria baseada no ranqueamento de municípios em situação de emergência por dengue. No entanto, a pasta afirmou que, devido à quantidade limitada de doses pela capacidade operacional e logística do laboratório produtor, ainda não foi possível incluir todos os municípios em situação de emergência para a redistribuição.
Ampliação da Vacinação
Conforme definido pela pasta, além dos 521 municípios inicialmente selecionados, mais 165 seriam incluídos na estratégia de ampliação da vacinação, totalizando 686 cidades.
O público-alvo continua sendo crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. Em São Paulo, 50 cidades do estado foram contempladas com a redistribuição proposta pelo órgão federal, incluindo a capital.
Desafios da Operacionalização
A operacionalização da redistribuição e a definição do público-alvo para receber a vacinação não são tarefas simples, conforme destaca o imunologista Renato Kfouri.
Kfouri menciona que a compreensão é de que a faixa etária mais adequada para a vacinação seria entre os 6 e os 16 anos, devido à maior taxa de hospitalização nesses grupos. Ele ressalta o desafio de escolher os municípios de forma estratégica.
Decisões Justificadas
O médico aponta que a situação é distinta da pandemia da Covid, quando era possível realizar uma campanha nacional de vacinação. A vacina Qdenga, por exemplo, não é recomendada para idosos ou para crianças com menos de 4 anos.
Kfouri enfatiza a importância de estabelecer critérios para as decisões, não necessariamente para torná-las mais justas, mas para justificar os motivos por trás delas.
Para mais informações sobre a redistribuição de vacinas, veja a seguir algumas perguntas e respostas:
Por que Redistribuir?
A redistribuição foi uma medida adotada pelo Ministério devido à baixa adesão à vacinação, uma vez que há lotes com vencimento a partir do dia 30 de abril. Segundo o governo, há 668 mil doses próximas do vencimento em abril; outras 523 mil expiram em junho e 84 mil, em julho.
Reposição de Doses
As doses serão redistribuídas como empréstimo, com garantia de reposição por parte do Ministério da Saúde, conforme cronograma de entrega do laboratório.
Até o momento, três locais sinalizaram o remanejamento interno de 33.360 doses: região de saúde de Brasília (11.720), Alto Tietê (11.640), em São Paulo, e Campo Grande (10.000), no Mato Grosso do Sul.
Logística de Remanejamento
Após a indicação do Ministério dos municípios que devem receber as doses, os cedentes devem definir o quantitativo a ser disponibilizado e informar à Saúde para a reposição posterior. A logística deve ser coordenada localmente, entre as secretarias municipais e estaduais envolvidas, de acordo com o Conass.
O governo federal fornece orientações sobre transporte e armazenamento, incluindo controle da temperatura das vacinas entre 2°C e 8°C, uso de caixas térmicas com qualificação térmica e registro eletrônico para monitoramento.
Garantia da Segunda Dose
O Ministério assegura que a segunda dose será fornecida para indivíduos que receberam a primeira dose do remanejamento, com registro na RNDS. As doses para a segunda aplicação serão enviadas posteriormente, seguindo o intervalo recomendado de 3 meses.
Recusa de Doses
Em casos de recusa de doses por algum município, a destinação das doses restantes será definida localmente, em comissão bipartite.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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